© Lucas Figueiredo / CBF
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito das acusações de estupro de vulnerável feitas por uma mulher contra Robson Bambu, do Corinthians. No documento, a delegada Kátia Domingues Salvatori, que comandou as investigações, não pediu o indiciamento do jogador.
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O relatório foi enviado para o Ministério Público. Agora, o MP tem duas semanas para decidir se vai oferecer denúncia, arquivar o caso ou se vai pedir para que a polícia efetue novas diligências. Wellington Sobral, o Pezinho, amigo de Bambu e que estava sendo investigado assim como o jogador, também não foi indiciado.
No dia 3 de fevereiro deste ano, Marina (nome fictício), 25, procurou 4ª Delegacia da Mulher, região norte, relatando que no dia anterior (2), que teria sofrido abuso por parte de Bambu. Alegando não lembrar o que aconteceu direito após manter relações com Pezinho, mas que pegou no sono e quando acordou, acabou por surpreender Robson, deitado sobre ela, nu, e que ele introduzia o dedo dele, em sua vagina. No momento dos fatos, ela também estava nua, e que o rapaz com quem havia ido para o quarto (Pezinho) observava o ato.
Em seu depoimento à polícia, Marina disse acreditar que havia sido dopada. O exame toxicológico, porém, não detectou presença de álcool, apenas canabidiol e THC, substâncias presentes na maconha. Ela afirma que fumou apenas um cigarro eletrônico naquela noite.
Marina admite que consumiu bebida alcoólica e afirma que o quarteto ficou na balada até 6h30. Depois, eles foram para o hotel Blue Tree, no bairro Anália Franco, no veículo de Pezinho.
Pelo relato da vítima, ela foi com Pezinho para um quarto no oitavo andar do hotel, onde tiveram relação sexual consensual, enquanto Robson Bambu e a amiga dela se dirigiram para um cômodo no quinto andar. E que os fatos teriam ocorrido já manhã do dia 3.
Contratado por empréstimo junto ao Nice-FRA neste ano para reforçar a zaga alvinegra, Robson Bambu estreou pelo Corinthians em 20 de março de 2022. Robson Bambu não foi relacionado para o empate sem gols do Corinthians com o Deportivo Cali, na Colômbia, nesta quarta-feira (4). Segundo apurou o UOL, Bambu foi cortado ontem porque o elenco viajou com mais do que 23 jogadores e alguém precisava ficar de fora. O corte, então, não tem relação com as investigações.
DEFESA DE ROBSON BAMBU
"Embora não possamos entrar em detalhes sobre o relatório final, é muito importante destacar que não houve indiciamento do jogador Robson Bambu. O farto material colhido pelas autoridades policiais aponta para a inocência de Robson Bambu, na medida em que indica uma série de incoerências e inverdades apresentadas pela suposta vítima. Continuamos acreditando na apuração isenta e competente das autoridades responsáveis pela persecução penal."
DEFESA DE PEZINHO
"É primordial ressaltar que Wellington não foi indiciado. A Polícia Civil produziu um denso relatório que demonstra sua inocência. Todas as provas anexadas aos autos explicitam a incoerência, interna e externa, da narrativa da denunciante. Confiamos na apuração rigorosa e serena das autoridades responsáveis pela persecução penal e, tão logo a investigação seja finalizada, buscaremos a devida responsabilização pelos danos causados à dignidade de Wellington."
DEFESA DE MARINA
"A defesa da vítima acredita que os indícios colhidos no inquérito são bastantes para consubstanciar o processo penal, porém ressalta que novas provas deverão surgir no âmbito da instrução processual."