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Nesta terça-feira (23), Ministério das Relações Exteriores da Itália convocou o embaixador dos EUA, após a mídia ter relatado que o serviço de inteligência americana grampeou ligações telefônicas do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi com seus assessores em 2011. Uma reportagem do jornal italiano “La Repubblica” afirma que a Agência Nacional de Segurança dos EUA manteve Berlusconi em sua mira durante a crise econômica na zona do euro, entre 2008 e 2011 — uma informação revelada pelo site Wikileaks, de acordo com "O Globo".
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A expectativa é que o embaixador John Phillips vá ao encontra do ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, na tarde desta terça-feira. Embora a influência de Berlusconi tenha sido reduzida após ter deixado o governo italiano, o bilionário ainda é uma figura proeminente na política nacional. Ele é o líder do partido Forza Italia, o segundo maior do país na fragmentada bancada de direita do país.
Segundo aliados de Berlusconi houve uma “conspiração” para tirar o ex-primeiro-ministro do poder — que renunciou ao cargo em novembro de 2011 e foi substituido pelo ex-comissário europeu Mario Monti. Eles pressionam o atual premier italiano, Matteo Renzi, a agir frente as recentes alegações de espionagem pelos EUA.
“Não vamos esquecer como as agências de classificação degradaram a Itália por nenhum motivo além de querer tirar Berlusconi do poder”, escreveu Renato Brunetta, membro do partido Forza Italia, em sua conta do Twitter, informou "O Globo".
Em 2014, o secretário do Tesouro americano, Tim Geithner, lançou um livro sugerindo que oficiais da União Europeia haviam se aproximado dos EUA com um projeto para forçar Berlusconi a deixar o cargo de primeiro-ministro.