De Veiga a Gabigol: convocação reduz chance de um time inteiro na seleção

Jogadores como Raphael Veiga, têm baixa probabilidade de ir ao Mundial

© Ivan Storti/Santos FC

Esporte Seleção Brasileira 11/05/22 POR Estadao Conteudo

O técnico Tite disse que as portas ainda estão abertas para os jogadores que desejam estar na Copa do Mundo do Catar. Mas a ausência de um time inteiro de atletas na convocação para os jogos contra Coreia do Sul e Japão, em junho, indica que as chances de novidades estão cada vez mais reduzidas. Jogadores como Raphael Veiga, destaque do Palmeiras bicampeão da Copa Libertadores e autor de 14 gols e seis assistências em 26 partidas neste ano, têm baixa probabilidade de ir ao Mundial.

"Bruno Guimarães e os três laterais esquerdos... (a disputa) está (em) aberto e ninguém vai esconder aqui. Vocês têm que disputar. É uma mensagem a todos. Esteja na sua melhor condição, falo de todos os planos: físico, técnico, tático, emocional, etc", avisou o treinador brasileiro, após a convocação desta quarta-feira, que é a penúltima antes do anúncio da lista final para a Copa do Catar, entre novembro e dezembro deste ano.

A posição de goleiro já foi consolidada há muito tempo. Alisson (Liverpool), Ederson (Manchester City) e Weverton (Palmeiras) acumulam várias convocações e contam com a confiança da comissão técnica. O trio se revezou entre os titulares nas últimas 44 partidas da seleção. Entre os laterais-direitos, Daniel Alves (Barcelona) e Danilo (Juventus) são os favoritos para irem ao Catar, especialmente, após a péssima atuação de Emerson Royal (Tottenham) diante do Equador, em que foi expulso precocemente.

Na zaga, Felipe parece ter perdido a concorrência para Gabriel Magalhães (Arsenal), pela quarta vaga na zaga. Lucas Veríssimo, atualmente no Benfica, fez dois jogos com o Brasil em 2021, mas sofreu uma lesão séria no joelho e perdeu espaço. Marquinhos (Paris Saint-Germain), Thiago Silva (Chelsea) e Éder Militão (Real Madrid) já têm passaporte carimbado ao Catar.

Na lateral-esquerda, Alex Sandro é o nono jogador que mais atuou pela seleção brasileira no atual ciclo. A disputa é pela segunda vaga. Renan Lodi, do Atlético de Madrid, fez 15 partidas de 2019 até julho de 2021, mas, por não ter se vacinado contra a covid-19, deixou de ser chamado em janeiro deste ano. A porta se abriu para Alex Telles, do Manchester United, e Guilherme Arana, do Atlético-MG, que vêm recebendo mais chances nas últimas convocações e prometem briga acirrada até a Copa.

Do meio para frente, o cenário pode ser flexibilizado com a possibilidade de chamar 26 jogadores para a lista final da Copa. Casemiro (Real Madrid), Fabinho (Liverpool) e Fred (Manchester United) gozam de prestígio com Tite e têm vaga assegurada. Os volantes Arthur (Juventus) e Gerson (Olympique de Marselha) veem a porta se fechando ainda mais. O ex-jogador do Flamengo faz boa temporada na França e vem atuando mais avançado. Ele contribuiu com nove gols e sete assistências nesta temporada. A convocação de Danilo, do Palmeiras, coloca mais um concorrente na posição.

Lucas Paquetá (Lyon), que já é o quinto atleta que mais atuou neste ciclo, virou peça importante e tem presença praticamente certa no Mundial - caso não sofra com lesões - ao lado de Philippe Coutinho (Aston Villa), Raphinha (Leeds), Antony (Ajax), Vinicius Junior (Real Madrid), Neymar (Paris Saint-Germain), Richarlison (Everton), Gabriel Jesus (Manchester City) e Matheus Cunha (Atlético de Madrid). O meia Everton Ribeiro (Flamengo) fez 14 partidas pela seleção neste ciclo, mas atuou apenas duas vezes nas últimas oito partidas, ambas saindo do banco de reservas. Por seu perfil de construir o jogo da ponta para o meio, agrada a comissão técnica e ainda tem chances.

Os atacantes Gabriel (Flamengo), Roberto Firmino (Liverpool) e Hulk (Atlético-MG) ainda tentam arrumar uma brecha. Grande artilheiro do futebol brasileiro nos últimos anos, Gabigol contribuiu com apenas três gols nos 14 jogos em que serviu a seleção. No segundo semestre de 2021, chegou a emplacar quatro partidas seguidas como titular do Brasil, diante de Chile, Peru, Venezuela e Colômbia.

Firmino nunca conseguiu se encaixar na estratégia de jogo de Tite como faz no Liverpool, mas desempenha função distinta dos concorrentes da posição, recuando para armar. O atacante sofreu com lesão nesta temporada e também perdeu espaço no time inglês, com a chegada do português Diogo Jota. Já Hulk, apesar de viver um dos melhores de sua carreira no Atlético, teve apenas uma oportunidade com Tite para as partidas contra o Chile, Argentina e Peru, pelas Eliminatórias. Presente no elenco do 7 a 1 de 2014, o atacante, que era presença constante nas convocações, havia sido chamado pela última vez em 2016 e não deve ter outras chances antes da Copa do Mundo do Catar.

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