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Entre a noite deste domingo e a madrugada de segunda, a Lua entra na sombra da Terra e cria um eclipse lunar total - o primeiro desde maio de 2021. O ápice será por volta da 1h11, quando o satélite natural fica vermelho, fenômeno conhecido como "Lua de Sangue".
"Esse avermelhado é justamente o mesmo efeito do pôr do sol. A gente vê a luz solar tangenciando a Terra e a atmosfera vai espalhar o avermelhado", explica o astrônomo João Fonseca, diretor do planetário. O próximo eclipse lunar total acontece só em novembro, conforme a Nasa. No entanto, Fonseca destaca que ele não poderá ser visto do Brasil.
A projeção do eclipse na fonte do Lago do Ibirapuera começa às 22h. Será possível ver ao vivo. Estarão disponíveis dois telescópios para que as pessoas possam observar a Lua mais de perto, com a ajuda de uma ocular. Também ao redor do lago ocorrerão duas aulas de ioga, à 0h20 e à 1h20. Essas atrações são gratuitas.
Mais cedo, na cúpula do planetário, dois espetáculos vão ajudar os visitantes a melhor entender e a observar o eclipse. Dentro da estrutura, o jogo de luzes de um projetor óptico proporciona uma imersão em poucos segundos, quando o olho se acostuma com o escuro. A projeção de pontos luminosos mostra um céu estrelado muito realístico. É quase impossível lembrar que se está dentro de um prédio fechado.
O espetáculo mais longo será o "Tem uma sombra na Lua", em que, durante 40 minutos, uma astrônoma vai explicar mais sobre eclipses e sua importância cultural na história da humanidade. Serão duas sessões gratuitas de 40 minutos, às 19h e às 21h. Os ingressos são gratuitos mediante agendamento no site.
Já "O Céu do Eclipse Lunar" vai ter apenas 15 minutos. A ideia é nortear a observação do eclipse, apresentando, por exemplo, as constelações. As sessões vão ocorrer com intervalos de 30 minutos (22h, 22h30, 23h, 23h30, 0h, 1h30, 2h, 2h30 e 3h). Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada), e podem ser adquiridos pelo site ou na bilheteria.
Esta é a primeira vez que o planetário apresenta sessões tão curtas. "A gente vai testar essa forma de sessão rápida", fala Fonseca. "Queremos ver a receptividade de sessões dinâmicas." Fonseca, porém, destaca que o astro da noite será a própria Lua. "Você não vai precisar de uma projeção." Então, vale levar um tapete ou esteira para observar o eclipse em meio à calmaria do Parque do Ibirapuera.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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