© <p>Instagram/@mckevin</p>
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nesta segunda (16) se completa um ano da morte do cantor de funk Kevin Nascimento Bueno, conhecido como MC Kevin. Ele morreu aos 23 anos após cair da sacada de um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
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À época, surgiram suspeitas de que a morte teria ocorrido após o consumo de drogas, ou motivada pela tentativa de um pulo na piscina a partir da sacada do quarto do hotel.
Outra hipótese aventada a respeito do incidente seria a tentativa do cantor de evitar que a mulher, a advogada Deolane Bezerra, o flagrasse com uma acompanhante de luxo no quarto do hotel. Essa versão foi relatada pela acompanhante Bianca Dominguez e por mais três amigos do cantor –entre eles o funkeiro Victor Elias Fontenelle, mais conhecido como MC VK–, que estavam com Kevin no quarto do hotel Brisa Barra.
No velório do músico, Deolane Bezerra, que havia se casado com MC Kevin no mês anterior ao incidente, culpou as amizades pelo ocorrido. "Eu cansei de falar para o Kevin tomar cuidado, abrir o olho. Ele tinha muito amigo falso, sanguessuga. Isso aqui é amizade", ela disse, se referindo à morte do artista.
A investigação da polícia que se debruçou sobre o caso, entretanto, concluiu que se tratou de um acidente e arquivou o inquérito. "Fato trágico, porém atípico, sem previsão legal penal para os envolvidos", disse em nota a 16ª Delegacia Policial do Rio.
Nascido na Vila Ede, bairro da zona norte de São Paulo, MC Kevin tinha entre seus hits as músicas "Pra Inveja É Tchau" –que estourou em 2018 e acumula mais de 220 milhões de visualizações no YouTube–, "Cavalo de Troia" e "Vergonha pra Mídia".
Sua personalidade não era notada apenas por seus talentos artísticos, mas também por polêmicas nas quais o artista se envolveu. Exemplo disso foram publicações que ele fez nas redes sociais minimizando as denúncias de assédio sexual feitas por mulheres que usam roupa curta. "Fica tudo de bundinha para fora nos Stories do Instagram, e é claro que vai ter homem que vai elogiar, sim, porque se vocês fazem isso é para elogiar. Agora não é porque fez um elogio, um bagulho que é machista ou 'Ai, você é ridículo'. Aí não dá", ele afirmou em uma publicação.
Outro caso ocorreu quando o cantor foi contaminado com Covid-19 e não fez isolamento social, situação que o levou a se desculpar publicamente. "Errei, errei mais feio ainda por não ter contido esse meu desejo de liberdade, natural em qualquer jovem da minha idade e expor as pessoas a minha volta", declarou o cantor.
Tendo realizado diversas parcerias com músicos como MC Guimê, o velório do artista ocorreu na escola de samba Unidos de Vila Maria e teve a presença de nomes como MC Brinquedo, MC Livinho e MC Kekel, além de uma seção de fogos de artifício e aplausos.