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Irritado com a alta do preço dos combustíveis em ano eleitoral, Bolsonaro demitiu Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia e José Mauro Coelho da presidência da Petrobras.
Para a pasta, nomeou Adolfo Sachsida, que integrava o Ministério da Economia; para a estatal, indicou Caio Paes de Andrade, outro braço-direito de Paulo Guedes.
A mudança na cúpula da estatal abre caminho para mudanças na diretoria. Como mostrou a reportagem, o governo deve indicar Iêda Cagni para presidir o Conselho de Administração da Petrobras e alterar a composição das outras cinco vagas a que tem direito na composição do Conselho.
Bolsonaro reiterou críticas à Petrobras e disse que o Brasil paga R$ 6 bilhões em fundo de pensão para "velhinhos norte-americanos", em referência à distribuição de dividendos da empresa, que tem ações negociadas em bolsa aqui e no exterior.
"Quem vendeu os papéis para minoritários? O governo Lula", declarou o presidente da República, dando novo tom eleitoral para o impasse dos combustíveis.
"Os minoritários têm poder enorme dentro da Petrobras, não querem saber e a gasolina está a R$ 8 e o diesel a R$ 7. Eles querem ganhar dinheiro, virou Petrobras Futebol Clube, até o fim social prevista na constituição não é cumprido. É a petrolífera que mais lucra no mundo", disparou o chefe do Executivo, que chamou o lucro da Petrobras de "estupro".
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