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"Não vamos permitir que um clube destrua o ecossistema do futebol europeu", disse Tebas, em tom crítico, nesta terça-feira. "No fundo, não importa para nós se é Estado ou dono do clube, o problema é a atitude de ser dono do clube, pois não há limite, as perdas não importam, eles colocam o dinheiro que eles querem, eles te enganam com patrocínios ligados ao Estado... Esse é o problema".
Os altos valores para a ampliação do vínculo de Mbappé com o PSG não foram revelados. Nos últimos anos, em meio às perdas comerciais com a pandemia de covid-19, o clube manteve Neymar e ainda contratou Lionel Messi, além de outros jogadores do nível de Sergio Ramos, Hakimi e Donnarumma.
Na semana passada, o presidente da liga francesa, Vincent Labrune, assinou uma carta de resposta a Tebas, que havia criticado os valores do PSG para manter Mbappé antes mesmo da oficialização da renovação contratual. Labrune criticou veementemente a postura adotada pelo dirigente espanhol. "O fato de você assumir publicamente e repetidamente essa posição contra a Ligue 1 e difamar a nossa liga e os nossos clubes é inaceitável, além de manifestamente falso", escreveu.
O presidente do PSG, Nasser Al Khelaifi, respondeu, ainda na semana passada, com ironia à provocação de Tebas. "Talvez Tebas esteja preocupado que a Ligue 1 (Campeonato Francês) se torne mais forte que a LaLiga (Campeonato Espanhol), que não é a mesma de três ou quatro anos. Temos Mbappé, ele fica conosco e o resto, sinceramente, não me importo."
Com contrato a expirar em junho, Mbappé estendeu seu vínculo com o PSG até 2025, por mais três anos. Ele foi o grande destaque da equipe na atual temporada, apesar do fracasso do time na Liga dos Campeões. Atuando ao lado de Messi e Neymar, o francês se destacou ao anotar 36 gols e 26 assistências, somando todas as competições. A disputa da Copa do Mundo do Catar no fim do ano teria pesado na decisão do jogador em permanecer em seu clube atual. Com a renovação, o projeto do PSG deverá ser reconstruído em torno do atacante.
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