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A informação foi revelada pelos advogados das ginastas, que estão acionando o FBI na Justiça. É de conhecimento público que a polícia federal dos EUA tinham conhecimento, em 2015, das denúncias das atletas. Mas nada foi feito, permitindo a Nassar seguir livre para continuar cometendo abusos contra elas por mais de um ano. Ele admitiu sua culpa no tribunal em 2017 e foi condenado a prisão. A soma das condenações já supera 360 anos de reclusão.
"Chegou a hora do FBI ser responsabilizado", afirmou a ex-ginasta Maggie Nichols, campeã nacional no período entre 2017 e 2019. "Se o FBI tivesse simplesmente feito o seu trabalho, Nassar teria parado antes de abusar de centenas de garotas, incluindo eu mesma", disse a também ex-ginasta Samantha Roy.
De acordo com a lei federal americana, uma agência ligada ao governo tem prazo de seis meses para responder às denúncias feitas nesta quarta-feira. Procurado pela agência de notícias The Associated Press, o FBI não se manifestou sobre o pedido de indenização das ginastas.
No total, cerca de 90 ginastas e ex-atletas fazem parte deste pedido de indenização, incluindo Simone Biles, dona de seguidos títulos mundiais e olímpicos em sua carreira. Integram o grupo ainda Aly Raisman e McKayla Maroney, também campeãs olímpicas, de acordo com o escritório de advocacia "Manly, Stewart & Finaldi", da Califórnia.
A Michigan State University, sede dos treinos da seleção americana de ginástica, também foi acusada de não investigar Lassar após seguidas denúncias. E já concordou em pagar indenização de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) para as mais de 300 garotas e mulheres que foram alvo dos abusos sexuais.
A federação de ginástica e o Comitê Olímpico dos EUA já fizeram um acordo no valor de US$ 380 milhões (R$ 1,8 bilhão).
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