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"Eu nem falei que é Braga Netto meu vice, como é que vou trocar? Vou trocar de esposa se nem casei ainda?", acrescentou. Bolsonaro disse, reiteradamente, que seu candidato a vice era mineiro como Braga Netto, ao contrário de Tereza Cristina, que é sul-mato-grossense.
O Broadcast Político já havia informado em fevereiro que o Centrão tem preferência por Tereza Cristina para a vice como forma de ampliar a aderência de Bolsonaro junto ao eleitorado feminino, segmento em que enfrenta rejeição. Mas o presidente, como mostrou a reportagem, prefere Braga Netto como um "seguro impeachment" em eventual novo mandato. Em maio, o Broadcast Político Report trouxe a informação de que o nome de Tereza, porém, seguia cotado. A articulação pela ex-ministra ganhou força nesta semana com o chefe do Executivo em dificuldades nas pesquisas de intenção de voto.
Na entrevista, Bolsonaro afirmou que a ex-ministra, pré-candidata a senadora por Mato Grosso do Sul, além de "cotadísima" é "excelente pessoa". "Mato Grosso do Sul está muito bem servido com Tereza Cristina para o Senado. Tereza Cristina é nome excepcional tanto para Senado, como para ser vice, com seu poder de articulação", declarou. Ele também chamou Braga Netto, no entanto, de "cotadíssimo" para ser vice. "O vice está praticamente acertado, mas não revelei para ninguém ainda", voltou a dizer, em mais um sinal trocado sobre sua decisão.
Bolsonaro também fez novas críticas a seu atual vice, Hamilton Mourão (Republicanos), durante a entrevista. De acordo com o presidente, a chapa nas eleições de 2018 foi escolhida "a toque de caixa". "Em 2018, a escolha de vice foi corrida, não deu tempo", afirmou o presidente sobre Mourão, pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.
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