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Declarar uma emergência de saúde global significa que uma crise de saúde é um evento "extraordinário", que exige uma resposta globalmente gerenciada e de que o vírus corre alto risco de se espalhar além das fronteiras. A OMS já havia feito declarações semelhantes para doenças como covid-19, Ebola no Congo e na África Ocidental, Zika no Brasil e para o esforço contínuo para acabar com a pólio.
A nota reforça que casos de varíola dos macacos têm ocorrido em países africanos há décadas e foram "negligenciados em termos de pesquisa, atenção e financiamento". Segundo a OMS isso deve mudar, não apenas para o combate dessa doença recente, mas de outras que permanecem circulando por países de baixa renda.
"A resposta requer uma ação coordenada urgente para impedir a propagação da varíola dos macacos usando medidas de saúde pública e garantindo que as ferramentas de saúde estejam disponíveis para populações em risco e sejam compartilhadas de forma justa", comentou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao divulgar a nota da organização no Twitter.
Segundo o comitê, o surto deve ser constantemente observado, especialmente por sua disseminação rápida e contínua. O risco de transmissão é ainda mais elevado em populações vulneráveis, incluindo pessoas imunossuprimidas, mulheres grávidas e crianças.
A OMS está criando um mecanismo de compartilhamento de vacinas para a varíola, para levá-las a países como a Grã-Bretanha, que atualmente tem o maior surto além da África. Alguns especialistas alertaram que isso poderia consolidar as profundas desigualdades observadas entre países ricos e pobres durante a pandemia de coronavírus.
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