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"O mundo não vai esperar a OMC por tempo indeterminado. E as soluções não serão tão eficientes e inclusivas quanto as que encontrarmos aqui", destacou o diretor-geral, sobre as alternativas que têm sido buscadas por diversos países devido à paralisia de Doha, cujos temas voltarão a ser discutidos na 9ª Conferência Ministerial da OMC, em Bali, na Indonésia, no início de dezembro.
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Azevêdo já havia dito, em outros discursos, que a necessidade de intensificação das negociações de Doha seria o principal desafio de sua gestão. "O que as pessoas veem é [a Rodada] Doha e a percepção que têm é de falta de efetividade, paralisia. O nosso fracasso irá lançar uma sombra sobre o sistema e é essencial dar novo fôlego às negociações", disse.
O diretor-geral acredita que o multilateralismo é a melhor solução contra o protecionismo e explicou que irá privilegiar os países em desenvolvimento e de menor desenvolvimento relativo nas negociações para garantir que "suas vozes sejam ouvidas" no âmbito do sistema multilateral.
O discurso de Azevêdo foi o primeiro como diretor-geral da organização. Sua posse ocorreu na manhã de hoje, embora ele tenha assumido o cargo há uma semana, em substituição ao francês Pascal Lamy. O chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo Machado, está em Genebra para acompanhar a posse do colega.
O embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, de 55 anos, é o primeiro latino-americano na direção-geral da OMC. Disputada até o último minuto, a eleição envolveu uma longa negociação que vem desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.