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Dois dos poços mais proeminentes têm saliências visíveis que, segundo a Nasa, "claramente levam a cavernas ou vazios". Os cientistas acreditam que essas saliências sejam as responsáveis pela temperatura perene - limitando o calor durante o dia, e impedindo que esfrie tanto de noite.
Mas por que isso é tão importante? Um dia na Lua dura cerca de 15 terrestres. Durante o período, a superfície do satélite natural é constantemente bombardeada pela luz solar e atinge temperaturas elevadas, até 127ºC. As noites também são extremamente frias e chegam aos -173ºC.
Desde 2009, quando esses poços foram descobertos, cientistas se perguntam se eles levam a cavernas que podem ser exploradas e usadas como abrigo, já que a superfície lunar não é tão "amigável". Explorar a Lua é um dos principais objetivos da agência americana.
"Saber que eles criam um ambiente térmico estável nos ajuda a pintar uma imagem dessas características lunares únicas e a perspectiva de um dia explorá-las", completou Noah Petro, do Goddard Space Flight Center da Nasa, ao portal da agência.
"Os humanos evoluíram vivendo em cavernas, e para as cavernas podemos retornar quando vivermos na Lua", lembrou David Paige, coautor da pesquisa, ao portal da Nasa.
O lançamento da missão da Nasa que vai retornar à Lua, a Artemis I, já tem três possíveis datas: 29 de agosto, 2 de setembro e 5 de setembro. Na terça-feira, 26, a agência divulgou um trailer da missão, que mostra o foguete Space Launch System (SLS) e simula a desconexão da cápsula Órion.
O mês de julho tem sido particularmente agitado para a agência. Antes mesmo de anunciar as possíveis datas da missão Artemis I, divulgou as primeiras imagens captadas pelo telescópio espacial James Webb, exibiu fotos de Júpiter tiradas pelo mesmo observatório e ainda teve as capitais brasileiras como modelos fotográficos da estação espacial internacional (ISS).
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