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SÃO PAULO (FOLHAPRESS) - A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) assinou nesta quarta-feira (3) a "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito".
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A decisão da petista de se juntar aos mais de 700 mil signatários do documento, que será lido na Faculdade de Direito da USP, no próximo dia 11, se deu diante do momento do país, que considera grave.
"No momento em que a democracia está sob grave ameaça e sob constantes ataques do presidente da República, é hora da sociedade civil se mobilizar em defesa do sistema eleitoral e das urnas. Eu assino embaixo em defesa do Estado democrático de Direito", afirma a ex-presidente à coluna.
Organizado por ex-alunos do curso de direito da USP, o manifesto é uma iniciativa suprapartidária que não menciona o nome de Jair Bolsonaro (PL) –embora seja considerado uma resposta às ameaças golpistas do presidente.
O texto foi concebido com expressões moderadas para atrair o maior número possível de signatários, evitando termos que soassem radicais, divisivos, pró-PT, anti-Bolsonaro ou de qualquer forma partidário.
Entre os signatários estão o economista e ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, o ex-presidente do Itaú Candido Botelho Bracher, o ex-presidente do Conselho de Administração do BB José Guimarães Monforte e o ex-presidente do Credit Suisse no Brasil José Olympio Pereira.
Também assinam o documento os ex-ministros do STF Joaquim Barbosa e Nelson Jobim, além de banqueiros como Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles.