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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Justiça de São Paulo arquivou nesta sexta-feira (3) a queixa-crime de Dani Calabresa contra Marcius Melhem. A atriz tentava impedir judicialmente o ex-diretor do núcleo de humor da Globo de mostrar mensagens de WhatsApp trocadas pelos dois, antes da denúncia de assédio moral e sexual que ela e outras sete mulheres fizeram do ator.
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Em janeiro de 2020, o grupo entrou com uma ação incriminando o Melhem dos abusos.
O Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que Calabresa não poderia proibir Melhem de divulgar material em sua defesa. O juiz Fabricio Reali Iza, da Vara do Juizado Especial Criminal da Barra Funda (TJSP), acolheu e concordou com o pedido da Procuradoria-Geral do Estado pelo arquivamento da queixa-crime. A ação não cabe mais recurso da decisão.
De acordo com a coluna de Ricardo Feltrin, no site UOL, essa decisão tem relação apenas com as mensagens. O processo de denúncia coletiva do assédio continua na Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher), do Rio, sem prazo para terminar.
Em dezembro de 2019, o então chefe do departamento de humor da Globo foi acusado de assédio moral e sexual por Calabresa e outras atrizes. Em março do ano seguinte, Melhem tirou licença para acompanhar o tratamento médico de uma de suas filhas nos Estados Unidos. Cinco meses depois, ele teve a sua saída definitiva da emissora comunicada à imprensa através de um e-mail.
Ao jornal Folha de S.Paulo, em dezembro de 2020, Marcius Melhem já havia mostrado as mensagens trocadas com Calabresa para provar, na Justiça, que os dois mantinham uma relação íntima e amigável entre os anos de 2017 e 2019, época em que, segundo uma reportagem publicada na revista piauí, ele a teria assediado moral e sexualmente.
A reportagem procurou Dani Calabresa e Marcius Mellhem e não obteve respostas até a publicação do texto.