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(FOLHAPRESS) - O candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quarta-feira (3) de um ato político em Teresina com direito a oração de pai-nosso, grandes bandeiras do Brasil e do Piauí em meio à militância e um discurso eleitoral na linha "paz e amor".
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O ato cercado de símbolos nacionais e religiosos aconteceu no mesmo dia em que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) participou em Brasília de um culto com aliados da bancada evangélica do Congresso Nacional.
Com a participação de uma multidão que lotou o espaço Arena do Povo -foram cerca de 40 mil pessoas, segundo os organizadores-, Lula se disse emocionado e elogiou os militantes por levarem bandeiras do Brasil.
"A minha emoção maior foi uma coisa que vocês fizeram aqui. Eu vou contar uma coisa que vocês fizeram aqui que me fez derramar lágrimas. O povo do Piauí hoje deu uma demonstração de grandeza porque vocês recuperaram a bandeira nacional para o povo brasileiro", disse Lula.
Na sequência, ele fez referência ao presidente Jair Bolsonaro, a quem acusou de se apoderar dos símbolos nacionais.
"Essa apresentação da bandeira do Brasil e do Piauí demonstra que nós não vamos permitir que o genocida que está lá em Brasília [...] Esse genocida não pode se apoderar da bandeira brasileira porque a bandeira é do povo brasileiro."
No discurso, o petista adotou uma linha "paz e amor" e disse que não carrega ódio nem quer vingança. "Sou um homem sem ódio, sou homem que não quero vingança. Um homem apaixonado não quer vingança, quer amor. Vocês acham que vou ter tempo de ficar brigando?"
Na sequência repetiu o tom do discurso do dia anterior na Paraíba e voltou a defender que os eleitores deem uma "surra" eleitoral em Bolsonaro.
O ato foi encerrado por volta das 22h. Depois de Lula ter finalizado o seu discurso, o ex-governador e candidato ao Senado pelo Piauí, Wellington Dias (PT), pegou o microfone e iniciou um pai-nosso. Lula acompanhou a oração com as mãos erguidas para o alto.
A visita de Lula ao Piauí teve como objetivo alavancar a candidatura ao governo de Rafael Fonteles (PT), que entra na disputa apadrinhado pelo ex-governador e candidato ao Senado, Wellington Dias (PT), que comandou o estado entre 2015 e abril de 2022.
Pouco conhecido no estado, Fonteles adotou como principal estratégia atrelar sua imagem à do ex-presidente Lula. O petista é empresário, foi secretário da Fazenda da gestão Wellington Dias e disputa este ano a sua primeira eleição.
O palanque do PT no Piauí terá nove partidos, incluindo o MDB, legenda que nacionalmente lançou a candidatura da senadora Simonte Tebet (MDB) ao Planalto.
O principal adversário de Fonteles será o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), que tem o apoio de Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro.
Na capital piauiense, Lula teve um almoço restrito com líderes políticos e gravou para o programa eleitoral de Rafael Fonteles.