Barroso prorroga em 60 dias apuração contra Bolsonaro por CPI da Covid

O pedido para que as apurações fossem prolongadas partiu da PF (Polícia Federal)

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Política CPI da Covid-19 05/08/22 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), prorrogou em 60 dias a investigação gerada pela CPI da Covid que acusa o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados de incitação ao crime durante a pandemia do novo coronavírus.

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O pedido para que as apurações fossem prolongadas partiu da PF (Polícia Federal) e contou com a aprovação da PGR (Procuradoria-Geral da República).

A PGR, porém, queria que as investigações fossem prorrogadas em 90 dias. O período havia sido solicitado pela vice-procuradora Lindôra Araújo.

Além de Bolsonaro, também são alvos do inquérito o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ); os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Ricardo Barros (PP-PR), Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF); o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ); e os ex-ministros Onyx Lorenzoni, Osmar Terra e Ernesto Araújo.

Também estão na lista de investigados o blogueiro Allan dos Santos e os empresários Carlos Wizard e Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.

Com seus trabalhos finalizados em outubro do ano passado, a CPI da Covid sugeriu que Bolsonaro fosse investigado por 10 crimes.

Na parte em que atribuiu a prática de incitação ao crime a Bolsonaro, o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que o presidente incitou a população a desrespeitar ordens do poder público.

"Ao estimular a população a se aglomerar, a não usar máscara e a não se vacinar (conduta reiterada em inúmeras manifestações públicas, nas ruas e nas redes sociais), o presidente da República incitou as pessoas a infringirem determinação do poder público destinada a impedir a propagação de doença contagiosa", afirmou o parlamentar em seu relatório.

O texto ainda citou que Bolsonaro teria praticado o crime por meio de fake news e ao incentivar, em live no Facebook, pessoas a invadirem e filmarem hospitais para mostrar leitos eventualmente vazios. Dessa forma, diz o relatório, Bolsonaro "incitou a prática de invasão de domicílio e de colocação de pessoas em perigo de vida".

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