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(FOLHAPRESS) - A senadora Simone Tebet (MDB-MS) registrou na noite de sábado (6) sua candidatura à Presidência da República junto ao TSE (Tribunal Superior eleitoral) ao lado da também senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que será a vice na chapa.
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Tebet declarou ser dona de sete apartamentos, duas casas e quatro terrenos, além de ter R$ 59 mil na conta corrente, o que totaliza R$ 2,3 milhões.
Na última eleição que participou, em 2014, havia declarado um patrimônio de R$ 1,57 milhão -em 2008, quando se reelegeu prefeita de Três Lagoas (MS), declarou que tinha R$1,29 milhão em bens.
A senadora é a candidata ao Palácio do Planalto da aliança formada pelo MDB com o PSDB e o Cidadania, que estão federados e têm de caminhar juntos neste pleito obrigatoriamente, e o Podemos.
Os quatro partidos compõem a coligação "Brasil para Todos". Tebet foi escolhida para representar as três siglas após longas negociações, que também envolveram o União Brasil, para lançar um nome que representasse a chamada terceira via, uma alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Lula (PT), líderes nas pesquisas.
Tebet apareceu com 2% na última pesquisa Datafolha, em que Lula registrou 47% e Bolsonaro, 29%. A parlamentar tem 52 anos e já foi deputada estadual, prefeita e vice-governadora do Mato Grosso do Sul antes de se eleger senadora, em 2014.
Na ocasião, venceu o pleito com 52% dos votos, mais que o dobro do segundo colocado, Ricardo Ayache (PT), que fez 23%. No entanto, a avaliação de líderes do Congresso é que Tebet enfrentaria dificuldade caso decidisse disputar a reeleição, uma vez Tereza Cristina (PP-MS), deputada federal e ex-ministra de Bolsonaro, aparece com bom desempenho nas pesquisas de intenção de votos.
A senadora é filha de Ramez Tebet, que já foi presidente do Senado, governador de Mato Grosso do Sul e ministro de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
A vice, Mara Gabrilli, por sua vez, elegeu-se senadora por São Paulo em 2018 e seu mandato irá até 2027. Por isso não terá problemas de ficar sem cargo, em caso de derrota nas eleições de outubro.
Ela também já foi deputada federal, vereadora e secretária municipal da Pessoa com Deficiência na capital paulista. A equipe de Tebet acredita que uma chapa formada exclusivamente por mulheres pode ser um fator importante para romper a polarização da corrida presidencial.
O nome de Gabrilli não era a primeira opção de Tebet, que nos bastidores declarava a sua preferência pelo também senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
O parlamentar cearense, no entanto, vinha apresentando resistência a integrar a chapa e chegou a fazer críticas nos bastidores à pré-candidatura, em particular sobre o trabalho da equipe de marketing.
O registro de candidatura apresentado pela senadora é uma das últimas etapas antes do início oficial da campanha eleitoral. Com isso, o candidato recebe o número do CNPJ em que serão registrados os gastos e as arrecadações da candidatura.
Os políticos têm até 15 de agosto para pedirem o registro junto à Justiça Eleitoral.