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Os cubanos acordaram com apagões maciços na manhã desta terça-feira (9), com 40% da principal instalação de armazenamento de combustível do país destruída pelo que as autoridades dizem ser sido o pior incêndio de história de Cuba.
Testemunhas da Reuters relataram que as chamas intensas que devastaram um segmento de quatro tanques do porto de supertanques de Matanzas desde sexta-feira (5) diminuíram e as altas nuvens de fumaça preta espessas que ainda saíam da área pareciam estar cinza.
Matanzas é o maior porto de Cuba para receber petróleo bruto e importações de combustíveis. O petróleo pesado cubano, bem como o óleo combustível e o diesel armazenado em Matanzas, são usados principalmente para gerar eletricidade na ilha.
O país comunista, sob pesadas sanções dos Estados Unidos, está praticamente falido. Apagões frequentes e escassez de gasolina e outras commodities já haviam criado uma situação tensa com protestos locais dispersos, após a agitação histórica do último verão em julho.
Um raio atingiu um tanque de armazenamento de combustível na noite de sexta-feira. O fogo se espalhou para um segundo tanque no domingo (7) e consumiu a área de quatro tanques na segunda-feira (8), acompanhado por grandes explosões, apesar dos esforços de bombeiros locais apoiados por mais de cem reforços mexicanos e venezuelanos.
Oficiais não disseram quanto combustível foi queimado no incêndio, que destruiu todos os quatro tanques. As autoridades afirmaram que a vizinha Baía de Matanzas não foi contaminada por petróleo. Ainda assim, eles alertaram os moradores de lugares tão distantes quanto Havana para usar máscaras faciais e evitar chuva ácida devido à enorme nuvem de fumaça gerada pelo incêndio.
Um bombeiro morreu e 14 desapareceram no sábado (6), quando o segundo tanque explodiu, disseram hoje autoridades, corrigindo um número anterior de 16 desaparecidos.
Na manhã desta terça-feira, mais helicópteros se juntaram ao esforço para apagar o fogo, junto com um barco de bombeiros enviado pelo México.
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