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Nas receitas, o banco colheu R$ 17,056 bilhões em margem financeira bruta, que mede os ganhos com operações que rendem juros. É uma alta de 18,9% em um ano puxada pelo crescimento tanto dos resultados auferidos com as operações de crédito quanto pela tesouraria, item em que o BB também contrariou os bancos privados.
A margem com crédito foi de R$ 26,196 bilhões, 45% maior que no mesmo intervalo de 2021, e 9,6% maior em três meses, diante do repasse da alta da taxa Selic aos empréstimos, tendência que tem sido seguida por todos os bancos.
O resultado da tesouraria, por sua vez, foi de R$ 7,453 bilhões, alta de 136,2% em um ano, e alta de 27,2% em um trimestre. De acordo com o banco, o ganho veio com o incremento da carteira de títulos de renda fixa. A tesouraria do BB tem sensibilidade positiva ao aumento dos juros, tendência oposta a que se observa em outros bancos, que tiveram perdas na tesouraria no trimestre.
O spread global ajustado pelo risco do BB foi de 3,1% no trimestre, avanço de 0,3 ponto porcentual em um ano, e de 0,2 ponto em três meses.
As receitas com serviços somaram R$ 7,847 bilhões entre abril e junho, alta de 8,9% no comparativo anual, e de 4,3% no trimestral. Segundo o BB, o avanço é fruto principalmente do desempenho na administração de fundos, hoje a maior receita do banco com serviços, e que subiu 17,5% em relação a 2021.
Ao final de junho, a carteira de crédito ampliada do banco público era de R$ 919,511 bilhões, saldo 19,9% maior que no mesmo mês de 2021, e 4,1% acima do registrado em março. O crescimento foi puxado pelas operações destinadas ao agronegócio, segmento em que o banco é líder, e que avançaram 27,3% no período. Segundo a instituição, 46% das operações são consideradas ambientalmente sustentáveis.
Neste ano, o BB começou a operar o maior Plano Safra da história, com R$ 200 bilhões para o agronegócio, volume 48% maior que o da safra anterior. Os desembolsos se iniciaram em julho, e de acordo com o banco, até agora, já foram emprestados R$ 27,4 bilhões.
Rentabilidade
Ao final do segundo trimestre, o BB tinha R$ 2,091 trilhões em ativos, um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
O patrimônio líquido do banco ficou em R$ 155,993 bilhões, alta de 7% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 20,5%, alta de 6,2 p.p. em base anual, e de 2,7 p.p. em três meses.
Ao longo dos últimos trimestres, o BB vinha buscando uma redução da diferença de rentabilidade entre seu balanço e os dos pares privados. Com o resultado do trimestre, ultrapassou o Santander e o Bradesco e ficou atrás somente do Itaú, que apresentou ROE de 20,8% no período.
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