Público terá quatro dias para ver coração de D. Pedro I no Itamaraty

O órgão, que chega de Portugal na segunda-feira, para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil, será recebido com honras militares.

© Cicero Moraes / Divulgação

Brasil Itamaraty 21/08/22 POR Agência Brasil

Nos próximos dois finais de semana, o coração de Dom Pedro I poderá ser visto pelo público em exposição no Itamaraty, em Brasília. O órgão, que chega de Portugal na segunda-feira, para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil, será recebido com honras militares.

A autorização para o translado foi concedida em junho pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira. Ele atendeu a solicitação do governo brasileiro após a concordância da Irmandade da Lapa, entidade religiosa que guarda o órgão. Após a realização de uma perícia, o Instituto de Medicina Legal do Porto também deu parecer favorável. O translado será realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Segundo informou o Itamaraty, a relíquia estará exposta a partir de quinta-feira (25), mas durante a semana o acesso será exclusivo para visitas escolares previamente agendadas. O público em geral deverá aguardar os sábados e os domingos, em horário ainda não definido. A exposição será encerrada no 7 de setembro, quando acontece a celebração do aniversário da independência. No dia seguinte, o órgão faz sua viagem de volta.

Dom Pedro I nasceu em Portugal, mas se mudou para o Brasil em 1808. Ele deixou a terra natal aos nove anos com a família real portuguesa, em fuga devido aos avanços do exército francês comandado por Napoleão Bonaparte. Quando seu pai, Dom João, retorna à Portugal em 1821, Dom Pedro é nomeado príncipe regente do Brasil. Um ano depois, proclamou a independência do país, tornando-se o primeiro imperador.

Em Portugal, ele é conhecido como Dom Pedro IV, tendo reinado entre março e maio de 1826. Também é lembrado por se colocar ao lado dos liberais na disputa contra os defensores da volta do regime absolutista. Seu coração é guardado e conservado pela Irmandade da Lapa, desde sua morte por tuberculose, há 187 anos. Ele encontra-se em um vaso de vidro embebido em formol.

Além de atender à solicitação brasileira, a Irmandade da Lapa também deu aval para que a relíquia fosse exibida pela primeira vez ao público português. Ela está exposta neste fim de semana no salão nobre da sede da entidade religiosa. Após voltar do Brasil, os portugueses terão nova oportunidade para ver de perto o órgão nos dias 10 e 11 de setembro.

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