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O ministro dos Transportes da Malásia admitiu nesta quarta-feira (2), que existe uma "grande possibilidade" dos destroços encontrados na costa de Moçambique pertencerem a um Boeing 777, o mesmo modelo do voo MH370 da Malaysia Airlines desaparecido há dois anos.
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"Com base nas informações preliminares, existe uma grande possibilidade dos destroços encontrados em Moçambique serem de um Boeing 777", escreveu o ministro malaio, Liow Tiong Lai, na sua conta no Twitter.
A estação norte-americana NBC noticiou a descoberta de um destroço no banco de areia de Paluma, perto de Vilanculos, sul de Moçambique.
Citando investigadores norte-americanos, malaios e australianos que teriam visto fotografias dos destroços, o canal fez intensificar a possibilidade de que o objeto encontrado pertence a um estabilizador horizontal da cauda de um Boeing 777, o mesmo modelo do voo da Malaysia Airlines que desapareceu a 08 de março de 2014 quando fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Pequim, com 239 pessoas a bordo.
O ministro referiu que a Malásia está trabalhando com a Austrália, país responsável pela coordenação das buscas no oceano Índico onde se acredita que o avião caiu, para recuperar os destroços e realizar um estudo mais profundo.
Liow Tiong Lai ressalvou que a origem dos destroços precisa "ainda de ser confirmada e verificada".
"Peço a todos que evitem especulações indevidas, já que não somos capazes de concluir, neste momento, que os destroços pertencem ao voo MH370", afirmou ainda o ministro dos Transportes malaio.
Em declarações à agência de notícias Lusa, o presidente do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) de Moçambique, João Abreu, confirmou a descoberta de uma peça de avião, composta por um material chamado "honeycomb" (favo de mel) que é usado nas estruturas das aeronaves, mas disse ser "prematuro e especulativo" estabelecer uma relação com o Boeing 777.
A descoberta ocorre a poucos dias do segundo aniversário do misterioso desaparecimento do avião. O aparelho desviou da rota por razões desconhecidas quando fazia a ligação, durante um voo noturno, entre Kuala Lumpur e Pequim.
Os investigadores acreditam que o avião se dirigiu para a zona sudeste do oceano Índico onde terá caído. O local do acidente nunca foi identificado.
Em julho do ano passado, foi encontrada numa praia da ilha francesa da Reunião, no oceano Índico, uma peça com dois metros de comprimento, um fragmento de uma asa que os peritos determinaram posteriormente que pertencia ao voo MH370.