Morre Emanoel Araújo, gigante das artes plásticas afro-brasileiras, aos 81 anos

Sua primeira exposição individual foi em 1959, na sua Bahia natal, com um trabalho marcado pela xilogravura e pelas ilustrações voltadas ao teatro. A partir da década seguinte, sua obra foi se tornando mais abstrata.

© Reprodução / Museu Afro Brasil

Cultura EMANOEL-ARAÚJO 07/09/22 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O artista plástico e intelectual Emanoel Araújo, um dos gigantes das artes de raiz afro-brasileira no país, morreu nesta quarta-feira em sua casa em São Paulo, aos 81 anos.O velório acontece durante o dia no pavilhão do Museu Afro Brasil, que vai receber oficialmente o nome de Araújo, que foi curador-chefe da instituição de sua fundação, em 2004, até sua morte. Segundo o secretário estadual da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o governador Rodrigo Garcia vai decretar luto oficial no Estado pela morte.

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Araújo construiu, durante mais de seis décadas, uma carreira múltipla que ia da escultura à ilustração, da gravura à cenografia, sempre ressaltando o papel da herança negra na cultura nacional.

Sua primeira exposição individual foi em 1959, na sua Bahia natal, com um trabalho marcado pela xilogravura e pelas ilustrações voltadas ao teatro. A partir da década seguinte, sua obra foi se tornando mais abstrata.

Na década de 1970, foi premiado na 3ª Bienal Gráfica de Florença e pela Associação Paulista de Críticos de Arte, que o considerou o melhor escultor e gravador do país. Sua primeira individual no Masp, Museu de Arte de São Paulo, veio em 1981.

Não demorou para Araújo galgasse espaço como um dos principais curadores e museólogos do país, tendo dirigido o Museu de Arte da Bahia de 1981 a 1983 e a Pinacoteca de São Paulo de 1992 a 2002.

A direção do Museu Afro Brasil, localizado no parque do Ibirapuera em São Paulo, veio em 2004 coroando seu trabalho na curadoria e divulgação da arte negra no Brasil.

Emanoel Araújo passava por um momento de redescoberta de sua obra como artista plástico, ampliando sua projeção internacional pouco antes de morrer.

Passou a ser representado pela galeria Simões de Assis, com sedes em São Paulo e Curitiba, e passaria também pelo guarda-chuva da galeria Jack Shainman, em Nova York, onde tinha exposição marcada para o ano que vem.

Também nos últimos anos, museus importantes como o Guggenheim, em Nova York, a galeria Tate, em Londres, e o Museu de Arte do Condado de Los Angeles compraram obras dele.

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