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(FOLHAPRESS) - Na semana das eleições, o Governo de São Paulo ampliará a vacinação contra a Covid-19 para o público entre 3 e 4 anos. No estado, a imunização estava restrita a crianças nesta faixa etária com comorbidades. O esquema está previsto para iniciar no próximo dia 30.
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A medida foi possível porque o Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, doou 2 milhões de doses da Coronavac.
Na capital paulista, o esquema vacinal para esse público-alvo teve início em 20 de julho. Dias antes, o Ministério da Saúde havia recomendado a vacinação de crianças de 3 a 5 anos com a Coronavac.
"Este é mais um importante passo na campanha de vacinação em São Paulo. Somos o estado que mais vacina no Brasil e agora é uma oportunidade de imunizar todas as crianças desta faixa etária com a produção e novas doses distribuídas pelo Instituto Butantan", afirma a coordenadora do Plano Estadual de Imunização, Regiane de Paula.
De acordo com o governo paulista, o Ministério da Saúde não havia disponibilizado doses suficientes para vacinar toda essa população do estado e do país. A partir daí o Instituto Butantan importou IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) e concluiu na última semana a produção de 3,5 milhões de doses.
O governo federal comprou 1 milhão. Do montante, 215 mil doses estão destinadas ao estado de São Paulo.
Para que o estado pudesse vacinar a totalidade desse público, o Butantan doou à Secretaria de Estado da Saúde mais 2 milh ões de doses.
"A Coronavac é considerada pela Anvisa segura para as crianças de 3 e 4 anos de idade. Nosso imunizante é o mais utilizado entre a população de 3 a 17 anos de idade, resultado da sua segurança e das poucas reações. Os dados indicam que é uma vacina muito efetiva e pode evitar que a doença evolua. Ainda temos altos números de internações de crianças e sequelas graves que podem ser evitadas. É fundamental que os pais e responsáveis levem seus filhos para se imunizar", destaca o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
A pediatra Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), afirma que não existe medicamento preventivo contra a Covid-19 para essa faixa etária.
"A única ferramenta que nós temos de medida não farmacológica é a vacina. Quanto antes vacinar, melhor. A maioria da Síndrome Respiratória Aguda Grave internada, dos casos de UTI e dos óbitos é de não vacinados", diz.
A vacina também protege contra a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), uma complicação grave em crianças, e contra a Covid longa.
O esquema vacinal indicado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é igual ao do restante da população: mesma dosagem e intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda dose.
Até às 15 horas de 28 de setembro, na capital paulista, das 311.886 crianças de 3 e 4 anos, 90.161 tinham sido vacinadas contra a Covid-19.