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JULIANA BRAGABRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Desde o início da campanha eleitoral, a coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrubou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) 26 narrativas falsas contra o candidato à Presidência.
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São mensagens ligando o petista à morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel e ao PCC, montagem com Suzane von Richtofen, condenada por matar os pais e áudios insinuando manipulação nas pesquisas eleitorais para favorecê-lo, entre outros.
Integrantes da campanha avaliam que, com relação a 2018, o PT conseguiu ser mais ágil para neutralizar os danos, embora tenham a percepção de que a equipe do presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha evoluído das últimas eleições para cá.
Em 2018, a Folha de S.Paulo revelou um esquema de disparo de mensagens em massa que ensejou uma ação no TSE com o pedido de cassação da chapa de Bolsonaro.
O tribunal atendeu ao pedido, mas emitiu alerta de que não toleraria a prática novamente.O núcleo montado pela campanha petista para acompanhar a disseminação de fake news pelo adversário enxerga um padrão mais orgânico na difusão das mensagens.
Se antes era mais evidente a participação de robôs e perfis falsos, agora a mensagem é espalhada de forma mais natural, a partir de grupos de apoiadores organizados por aliados do presidente, acreditam.
Diante disso, as ações no TSE focaram em tentar derrubar as narrativas, tentando identificar os perfis que servem como disseminadores para os demais apoiadores.
Pelos gráficos levantados pela equipe, quando a mensagem é derrubada pela Justiça, a circulação nas redes sociais cai imediatamente. Assim, a notícia falsa acaba circulando mais na bolha dos bolsonaristas, havendo menos tempo para furá-la.