História da depilação: por que começamos a tirar os pelos do corpo?

Conheça a história da prática da depilação e porque as mulheres passaram a questioná-la,

História da depilação: por que começamos a tirar os pelos do corpo?

Não ter que se depilar foi citado por mulheres em todo o mundo como uma das maiores vantagens do isolamento social. E faz todo o sentido... Geralmente é doloroso, caro e desconfortável. Mas por que sentimos a pressão de ter a pele lisinha? Ao longo dos anos, os pelos corporais moldaram a dinâmica de gênero, foram diferenciador de classe social, definiram o conceito de feminilidade e controlaram as mulheres pela vergonha.

A boa notícia é que isso está mudando. Elas estão reagindo contra esses estigmas e defendendo a liberdade de escolha. Celebridades  e influenciadoras digitais têm postado fotos das axilas ao natural e rebatido críticas nas redes sociais no intuito de normalizar os pelos.

Com base em informações da CNN, saiba as origens da prática da depilação, como ela se difundiu e como está sendo questionada hoje em dia! Veja na galeria!

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Começa já na Idade da Pedra

A depilação já existia na época do Egito Antigo, na Grécia e no Império Romano. Eles usavam conchas, cera de abelha e outros métodos depilatórios para remover os pelos.

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Um diferenciador de classe

Os romanos também associavam a pele lisa e sem pelos à classe e pureza. E não era restrito apenas às mulheres!

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Depilação com linha

No Oriente Médio, assim como no leste e sul da Ásia, a depilação com linha foi usada em todo o rosto, exceto em uma parte...

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Monocelhas

As monocelhas eram realmente consideradas atraentes para ambos os sexos e chegavam a ser marcadas com as primeiras versões do delineador.

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Idade adulta e casamento

Na Pérsia, a depilação e a modelagem de sobrancelha significavam que uma menina tinha se tornado adulta que estava prestes a se casar.

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Na Idade Média

Esperava-se que as mulheres católicas da Idade Média mantivessem os pelos como uma forma de feminilidade, mas que também os escondessem em público. 

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Tirar as sobrancelhas estava na moda

Graças à Rainha Elizabeth I, que chegou ao poder em 1558, a remoção de sobrancelhas tornou-se moda.

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A depilação não era essencial até o final do século XVIII

As mulheres europeias e americanas ainda não eram pressionadas a removerem os pelos, mas com a invenção do primeiro barbeador seguro para homens por Jacques Perret em 1760, algumas delas começaram a usar o objeto para esta finalidade.

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E Darwin entrou em cena...

A noção moderna de que os pelos do corpo não eram atraentes pode ser rastreada até o livro de Charles Darwin, 'Descendência do Homem' (1871), de acordo com Rebecca Herzig em 'Plucked A History Of Hair Removal'.

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A teoria da seleção natural

De acordo com Rebecca Herzig, a famosa teoria de Darwin associou os pelos do corpo a formas primitivas e menos desenvolvidas de nossos ancestrais, e ele associou a pele lisinha à evolução e à atratividade.

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Reforço de estigmas no século XIX

'Especialistas' científicos começaram a vincular pelos - quase sempre os femininos - a doenças, loucura e outras conotações terríveis. Foi no século XIX que começou a primeira enorme onda de pressão social.

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Uma maneira de controlar a ascensão das mulheres na sociedade

Rebecca Herzig observou que fazer as mulheres pensarem que tinham que ser calvas para merecerem atenção era uma forma de 'controle social de gênero' sobre o papel feminino na sociedade. Foi uma maneira inicial e heteronormativa de controlar seus corpos e mentes através da vergonha.

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Um marcador de classe e feminilidade na América

No início do século XX, a pele sem pelos já dominava a América branca das classes média e alta como um olhar distinto de feminilidade. Remover os pelos corporais era uma maneira de se diferenciar da classe baixa.

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Empresas e marketing entraram em cena

Em 1915, a Harper's Bazaar foi a primeira revista feminina a realizar uma campanha sobre a 'necessidade' de depilar as axilas, e a Gillette lançou sua primeira máquina de barbear para mulheres, que, segundo seus anúncios, 'resolve um problema pessoal embaraçoso'.

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Então, a moda mudou...

Nas primeiras décadas do século XX, vestidos sem mangas, bainhas mais curtas e falta de meias de nylon durante a Segunda Guerra Mundial popularizaram ainda mais a remoção de pelos nas axilas e pernas nos EUA.

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A introdução do biquíni

As roupas de banho foram ganhando fundos menores e mais cavados no final da década de 1940 nos EUA, o que estimulou empresas e consumidores a focarem no corte e modelagem dessas peças.

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O poder de atração foi enfatizado

Na década de 1950, quando a Playboy estreou, mulheres depiladas e com pouca roupa foram associadas à sensualidade e, em 1964, 98% das mulheres americanas entre 15 e 44 anos estavam raspando as pernas regularmente.

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Tiras de cera e depilação a laser

Novos métodos de remoção de pelos foram lançados na mesma época, mas o primeiro processo de depilação a laser foi logo abandonado por seus efeitos danosos à pele, antes de ser reintroduzido décadas depois.

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Então, veio a segunda onda do feminismo

Junto com a disseminação da cultura hippie, a segunda onda do feminismo dos anos 1960 e 1970 rejeitou a pressão da depilação. Para muitas mulheres, os pelos corporais se tornaram um símbolo da luta pela igualdade.

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P o r n o g r a f i a e cultura pop

O conceito 's e x o vende' estava em alta na cultura pop, e a  crescente popularidade dos métodos de depilação e p o r n o g r a f i a fez com que as pessoas começassem a ficar bastante criativas e exibicionistas em relação aos pelos pubianos.

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A depilação brasileira se torna tendência

Em 1987, sete irmãs brasileiras abriram um salão na cidade de Nova York e lançaram a 'Brazilian Wax', a depilação íntima 'brasileira' que envolve a remoção de todos os pelos genitais. Celebridades como a top Naomi Campbell começaram a fazer e virou moda. 

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A remoção de pelos pubianos não era tão popular no Oriente

Em muitas partes da Ásia, remover ou aparar pelos pubianos ainda não é tão comum quanto no Ocidente. De fato, na Coreia, os pelos pubianos eram considerados um sinal de fertilidade. Em meados de 2010, foi relatado que algumas mulheres estavam sendo submetidas a transplantes de pelos pubianos para adicionar fios extras.

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No Ocidente, a falta de pelos tornou-se 'natural'

Depilação começou a se tornar sinônimo de estar 'limpa'. A conotação negativa dos pelos corporais mostrou-se tão forte que as pessoas começaram a buscar o uso de novos métodos, como eletrólise, luz pulsada e tecnologia laser mais avançada, como alternativas.

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Muito pelo contrário de limpo...

Essa ideia de limpeza vem do nojo, vergonha e hostilidade que as mulheres foram 'treinadas' para sentir quando veem os pelos do corpo, mas, na realidade, a maioria das práticas de depilação tendem a criar oportunidades de queimaduras na pele e infecções.

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Homofobia e heterossexismo

O conceito de homens barbeando ou mulheres deixando os pelos crescerem, oposto ao que a sociedade espera, logo se tornou uma implicação de estranheza, reforçando ainda mais as pressões sociais heteronormativas de quem deve fazer o quê com seus pelos corporais.

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A quarta onda de feminismo

Nos anos 2010, uma consciência mais profunda das restrições que cercam o corpo das mulheres, bem como do feminismo, gênero e sexualidade, inspirou uma multidão mais jovem de mulheres a reagir contra esses estigmas.

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Celebridades e influenciadores estão mudando

As famosas começaram a postar mais fotos com os pelos corporais, e até a Harper's Bazaar publicou material com a modelo Emily Ratajkowski com axilas não barbeadas.

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As marcas estão defendendo a liberdade de escolha das mulheres

Marcas de barbear femininas recém-lançadas, como a Billie, também estão defendendo a liberdade de escolha. Suas campanhas retratam diversos grupos de mulheres com diferentes níveis de pelos corporais.

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Pelos no corpo como um símbolo de empoderamento e mais

As mulheres estão se empoderando a partir das pequenas coisas, como a rejeição da depilação, e os pelos corporais rapidamente se tornaram um símbolo para revolução, ativismo e mudança social.

Leia também: As famosas que assumiram os pelos nas axilas

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Lifestyle Pelos 06/10/22 POR Notícias Ao Minuto


Não ter que se depilar foi citado por mulheres em todo o mundo como uma das maiores vantagens do isolamento social. E faz todo o sentido... Geralmente é doloroso, caro e desconfortável. Mas por que sentimos a pressão de ter a pele lisinha? Ao longo dos anos, os pelos corporais moldaram a dinâmica de gênero, foram diferenciador de classe social, definiram o conceito de feminilidade e controlaram as mulheres pela vergonha.

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A boa notícia é que isso está mudando. Elas estão reagindo contra esses estigmas e defendendo a liberdade de escolha. Celebridades e influenciadoras digitais têm postado fotos das axilas ao natural e rebatido críticas nas redes sociais no intuito de normalizar os pelos.

Com base em informações da CNN, saiba as origens da prática da depilação, como ela se difundiu e como está sendo questionada hoje em dia! Veja na galeria!

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