Lula promete discutir novo PAC e fala em retorno do Minha Casa Minha Vida

"Vamos voltar a fazer Minha Casa Minha Vida e vão poder pintar a casa da cor que quiserem", disse Lula, em comparação com o atual programa do governo Bolsonaro, "Casa Verde e Amarela".

© Getty

Economia Lula 10/10/22 POR Estadao Conteudo

O ex-presidente da República e candidato ao Palácio do Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a prometer um novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado em sua gestão, caso seja eleito. "Em primeiro de janeiro, chamarei todos os governadores para definirmos prioridades em infraestrutura. Precisamos discutir um novo PAC com governadores e prefeitos para a economia voltar a crescer", disse Lula neste domingo, 9, em coletiva de imprensa realizada em Belo Horizonte.

Ele voltou a falar também na retomada do Minha Casa Minha Vida e a ampliar investimentos em saneamento. "Vamos voltar a fazer Minha Casa Minha Vida e vão poder pintar a casa da cor que quiserem", disse Lula, em comparação com o atual programa do governo Bolsonaro, "Casa Verde e Amarela".

Lula também defendeu a participação dos bancos públicos em infraestrutura e no crédito para microempreendedores. "Banco do Brasil, Caixa e BNDES vão financiar infraestrutura e pequenos empresários. O Banco do Brasil vai deixar de financiar só a agricultura e vai financiar também microempreendedores. Vamos financiar cooperativas, desde cooperativa de catadores", afirmou.

Estratégia de campanha no segundo turno

Não tendo ganhado as eleições presidenciais no primeiro turno, o ex-presidente afirmou que o resultado foi "porque uma parcela da população não quis". Na coletiva de imprensa em Belo Horizonte, o petista voltou a lembrar sobre não ter ganhado eleições anteriores em primeiro turno. "Respeitosamente tenho que admitir que nunca ganhei no primeiro turno", disse.

Lula afirmou também que o resultado das urnas será respeitado. "Quem tiver mais votos levará. O resultado será acatado."

Para ele, a polarização vai continuar refletindo no segundo turno. "Esta é uma das campanhas mais polarizadas da história do País. Os votos estão definidos e polarizados. Vamos tentar ganhar votos da abstenção."

Também voltou a pedir que a militância não aceite as provocações dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, seu adversário. "Serão dias tensos", pontuou.

Confiança

Lula voltou a afirmar que está confiante com a vitória da eleição. "Acho que vamos ganhar porque há tendência do povo brasileiro de que podemos fazer mais que outro candidato (o presidente Jair Bolsonaro)."

Com relação às pesquisas, que têm sido criticadas por Bolsonaro e aliados, o ex-presidente observou que elas "servem para fazer avaliação e ver comportamento" e disse que candidatos nunca aceitam pesquisas que o mostram perdendo o pleito .

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