KondZilla rejeita ser político e diz que ajuda o país sem precisar de partido

Para ele, que é dono da sétima maior produtora musical do mundo, com mais de 66 milhões de inscritos, "o funk e o futebol são gritos da comunidade e caminhos para o jovem acender socialmente".

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Cultura KONDZILLA-PRODUTOR 11/10/22 POR Folhapress

(FOLHAPRESS) - Dono da maior produtora de funk do país e acostumado a abrir as portas da música para quem mora na comunidade, o diretor, produtor musical e empresário Konrad Dantas, o KondZilla, 34, rejeita a ideia de se candidatar a um cargo político. Para ele, é mais valioso ser um agente transformador da vida de jovens periféricos no dia a dia do que ter qualquer filiação.

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"A política partidária só ajuda por quatro anos. E a gente, como iniciativa privada, tem o dever de cidadão de participar da construção de um país melhor por toda a vida. Acabamos adquirindo bagagem sem nos envolver com partidos", diz ele, que lançou nomes como Kevinho e Kekel. "É mais interessante ter um diálogo com o gestor público que estiver no poder".

E é pensando em dar mais visibilidade e oportunidade a quem veio favela -como ele, que cresceu na favela do Santo Antônio, no Guarujá- que o produtor lançou nesta segunda-feira (10) a primeira temporada da série documental "Funkbol", na Paramount+. Em cinco episódios, o projeto tem como intuito mostrar as conexões entre o mundo do funk e da bola.

"No universo do funk, pude ajudar a observar e construir nossos talentos. Mas no futebol eu sempre fui perna de pau, jogava só para me enturmar, nunca tive capacidade", diverte-se o empresário e produtor, que idealizou e criou o sucesso "Sintonia" (Netflix). "Me imagino como um árbitro que não atua, mas está presente naquele universo", completa.

O "Funkbol" colhe depoimentos e traça similaridades entre as trajetórias de nomes renomados das duas áreas. Fazem parte do projeto os MCs Guimê, Hariel, Kekel, Livinho e Poze do Rodo, e os jogadores Gabigol, Rodrygo, Antony e Guilherme Arana. Ao longo dos episódios, o público conhece mais sobre a origem de cada personagem e entende como eles chegaram onde estão hoje.

"É muito incrível ver o quão parecidos são os caminhos traçados entre esses dois núcleos. Os desafios no início das carreiras e após o estrelato, até mesmo o lifestyle (estilo de vida), é tudo semelhante. As conexões dessas duas paixões nacionais são interessantes", reforça a vice-presidente de programação, Natália Julião, que junto de Kond diz torcer para que venha uma segunda temporada em breve.

Para ele, que é dono da sétima maior produtora musical do mundo, com mais de 66 milhões de inscritos, "o funk e o futebol são gritos da comunidade e caminhos para o jovem acender socialmente". "Comigo foi assim, acreditava que a música iria transformar minha vida e hoje posso viver do meu sonho, embora não precise estar na frente da câmera com microfone na mão."

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