Comitê do PT é atacado a tiros na Zona Oeste do Rio

O presidente do PT no Rio de Janeiro, João Freitas, emitiu nota sobre o caso, em que define como "inaceitável" a escalada de violência no Brasil durante as eleições.

© Rovena Rosa/Agência Brasil

Política Rio de Janeiro 16/10/22 POR Estadao Conteudo

Integrantes do PT do Rio de Janeiro registraram ocorrência na 35ª Delegacia de Polícia, em Campo Grande, na zona Oeste, sobre um ataque a tiro de arma de fogo contra o comitê de campanha local do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A casa, que fica no sub-bairro de Cosmos, tem os muros vermelhos e está caracterizada para a campanha, foi alvejada duas vezes. Os disparos atingiram o portão de alumínio da entrada e uma parede interna. Não houve vítimas. O ataque ocorreu na madrugada do domingo, último dia 9.

Os dois projéteis encontrados pelos integrantes do PT e imagens da câmera de segurança, que teria registrado ao menos um dos disparos, foram entregues aos policiais civis, que analisam o material.

A Polícia Civil confirmou o caso ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, e informou que "diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação dos disparos".

A vice-presidente do PT municipal, Catarina Matos, testemunha no registro de ocorrência, diz que o disparo filmado aconteceu às 00h31 do domingo, 9 de outubro. A marca, porém, só foi notada cinco dias depois, na manhã da quinta-feira, 13, quando um integrante chegou para atividades de campanha. Nas imagens, o suposto atirador é um homem de moto. A câmera não teria registrado o segundo disparo. Segundo Catarina, membros do partido buscam imagens de câmeras nos arredores.

No primeiro turno, nas quatro zonas eleitorais de Campo Grande, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve entre 56% e 58% dos votos válidos, enquanto Lula teve entre 33% e 35%. De acordo com Catarina, há hostilidades pontuais, que nunca excedem ofensas verbais, e o grupo do PT local tem feito campanha normalmente na região.

O presidente do PT no Rio de Janeiro, João Freitas, emitiu nota sobre o caso, em que define como "inaceitável" a escalada de violência no Brasil durante as eleições.

"Situações como essa vêm sendo estimuladas cotidianamente pelo discurso e a política de ódio alimentada pelo Presidente da República e seus aliados, que pregam o enfrentamento, o conflito, o ódio, as armas, o desprezo pela democracia e o ataque a adversários políticos", diz Freitas no documento. Ele cobra providências da Polícia e do Poder Judiciário.

O PT do Rio convocou um ato contra a violência política próximo ao local, em Campo Grande, para este domingo, às 11h00.

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