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Substituto de Paulo Autuori, Muricy elogiou o trabalho realizado pelo seu antecessor no cargo, e garantiu não temer arranhar a sua história vitoriosa no clube com um possível rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro - ele iniciará nova trajetória no Morumbi com o time iniciando o segundo turno da competição na 18.ª posição da tabela.
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"Não pode ter medo, tem que trabalhar. O Felipão fez seu melhor e ganhou a Copa do Brasil (pelo Palmeiras no ano passado). Achei que poderia contribuir, por isso que aceitei. Senão poderia ter ido pro Catar, pois estavam me convidando. Estou muito acostumado a ficar muito tempo nos clubes. Claro que o São Paulo passa por um mal momento, mas podemos reverter isso e fazer um planejamento para o próximo ano", disse Muricy, para depois lembrar que na sua primeira passagem como técnico são-paulino também precisou motivar um elenco que acabara de ser campeão mundial, curiosamente sob o comando do mesmo Autuori de hoje, no final de 2005.
"Quando cheguei no São Paulo o time era campeão mundial, mas eu tinha fome (de título) e precisei convencer o grupo e foi muito difícil fazê-los ter fome depois de conquistar tudo. É difícil falar não numa situação dessa, para o clube que me abriu as portas e me criou. Em todo lugar que eu vou, a torcida do São Paulo sempre pedia pra eu voltar. Estou voltando num momento difícil, mas vamos sair dessa", aposta.
O comandante também apontou o caminho para que o time saia logo desta situação dramática que vive no Brasileirão. "O São Paulo não tem experiência de estar nessa situação. Agora é menos discurso e muito trabalho, é só isso que resolve. Precisamos de resultado, não tem outra saída. Como? É na base do trabalho, saber que ninguém é mais importante que o clube e que todo mundo se doe um pouco pelo resultado", receitou.