Dilma convoca reunião de emergência para tratar das manifestações

Fontes afirmam que presidente irá tratar da agenda do Congresso para essa semana e, também, fazer uma avaliação do "calor das manifestações"

© Reuters

Política Estratégia 07/03/16 POR Estadao Conteudo

A presidente da República, Dilma Rousseff, convocou de última hora uma reunião de emergência e coordenação política, para tratar entre outros temas da agenda do Congresso para essa semana e também fazer uma avaliação do "calor das manifestações", de acordo com fontes do Planalto.

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Após a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira passada, a avaliação é que os protestos contra a presidente, marcados para o próximo domingo, 13, ganharam adesão significativa. Além disso, com a reação da militância do PT, que também promete protestar no mesmo dia, há um temor de violência e dos impactos na crise política.

Apesar de ser tratada por interlocutores como reunião de coordenação política, uma fonte afirmou que será uma reunião "enxuta", apenas com a participação dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria Geral) e o assessor especial da presidente, Giles Azevedo. Inicialmente, os líderes do governo - que costumam participar das reuniões de coordenação - foram chamados, mas depois foram "desconvidados" e não participarão do encontro.

Dilma chegou a Brasília por volta das 14 horas em Brasília e havia atualizado a agenda para receber o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, no horário da agora reunião de emergência. Wagner acompanhou a presidente Dilma no último sábado em uma visita de solidariedade ao ex-presidente Lula, após sua condução coercitiva na 24ª fase da Operação Lava Jato.

Nesta segunda-feira, 7, em cerimônia de entrega de casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Caxias do Sul (RS), a presidente usou seu discurso para reforçar sua "indignação" com a operação a Polícia Federal. Num discurso rápido, ela disse que não tem o menor sentido ter conduzido seu padrinho político 'sob vara' para prestar o depoimento.

E utilizando os mesmos argumentos que o ex-presidente usou na sexta-feira, em pronunciamento feito na sede nacional do PT, horas depois de prestar o depoimento, e de lideranças do PT, para dizer que ele "jamais se recusou a depor". E frisou: "Justiça seja feita, Lula nunca se julgou melhor do que ninguém." Com informações do Estadão Conteúdo. 

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