Líder da oposição aciona PGR contra Dilma por ter visitado Lula

A presidente e o ministro Jacques Wagner utilizaram aviões, helicópteros, segurança e outros serviços custeados pela União

© Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Política DEM 07/03/16 POR Notícias ao Minuto

O líder do Democratas (DEM) no Senado, Ronaldo Caiado (GO), protocolou hoje (7) uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que ela investigue se a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Casa Civil, Jacques Wagner, incorreram em crime de improbidade administrativa por terem utilizado a estrutura do Estado para visitar o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva no último fim de semana, em São Paulo.

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Para visitar o ex-presidente e prestar-lhe solidariedade por ter sido alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato, a presidente e o ministro utilizaram aviões, helicópteros, segurança e outros serviços custeados pela União. O líder oposicionista considera que, ao fazer isso, os dois misturaram suas funções institucionais com uma atividade inteiramente privada.

“Está claro que ela realmente abusou de suas prerrogativas. Tendo reconhecimento do crime de improbidade, nós encaminharemos na Câmara dos Deputados um processo por crime de responsabilidade que está previsto na Constituição brasileira”, afirmou Caiado, que estava acompanhado pelo líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM).

Caiado também criticou a presidenta por ter ido visitar Lula, na condição de chefe de Estado, após o ex-presidente “fazer declarações afrontosas à Justiça brasileira, atacando políticos da oposição, a imprensa, o Ministério Público, a Polícia Federal”. Para ele, nesse caso, Dilma deveria ter ido por conta própria e arcando com os custos da viagem.

“Outro ponto é a presença dela na varanda com o presidente Lula, cumprimentando as pessoas que estavam ali. Isso é um fator estimulador àquilo que foi pregado pelo Lula, ou seja, o enfrentamento, a luta de classes, a desobediência civil, o desrespeito às normas jurídicas do país”, completou Caiado.

Procurado pela Agência Brasil, o Palácio do Planalto informou que ainda não havia sido notificado sobre a representação até a publicação da reportagem. Sobre a motivação do uso da estrutura para a viagem, a assessoria de imprensa da Presidência da República já havia se manifestado mais cedo. "Por imposição de segurança, todo o deslocamento da presidente Dilma Rousseff precisa ser feito por meio do avião presidencial. Também por questões de segurança, se necessário o uso de helicóptero, será o helicóptero militar", respondeu o Planalto. Com informações da Agência Brasil. 

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