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Ao ser questionado sobre quem teria financiado as obras realizadas no sítio de Atibaia, um dos donos do sítio em Atibaia (SP), o empresário Fernando Bittar, afirmou à força tarefa da Lava Jato não saber e que a pergunta deveria ser direcionada a dona Marisa, pois foi a mulher do ex-presidente Lula quem coordenou parte das obras de reforma feitas na propriedade desde o fim de 2010, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O sítio é frequentado por Lula e seus familiares.
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As informações foram dadas à publicação pelo advogado de Bittar, Alberto Toron, que acompanhou o depoimento prestado em Curitiba nesta segunda (7) e também afirmou que Bittar disse que também não pagou pelas peças de cozinha compradas e instaladas no sítio em 2014. Durante o depoimento, o empresário teria revelado que Marisa Letícia coordenou a expansão da casa com a inclusão de um anexo com quatro suítes, além de ter sido responsável pela parcela de serviços de melhoria da rede elétrica, segurança e reforma no lago.
Segundo o advogado, Bittar "primeiro fez um projeto com uma arquiteta da confiança dele, mas Marisa não gostou. Aí foi feito um segundo projeto por um engenheiro da OAS que a agradou. Ele sempre dizia para o engenheiro da OAS: 'Me apresenta a conta'. Mas o engenheiro respondia: 'Não, pode deixar, pode deixar'".
Os investigadores da Lava Jato querem saber se empreiteiras, como Odebrecht e OAS, além do pecuarista José Carlos Bumlai, favoreceram ilegalmente o ex-presidente com obras e melhorias na propriedade.
Ainda segundo o jornal Folha de S. Paulo, o engenheiro da Odebrecht Frederico Barbosa confirmou em depoimento à força tarefa da operação que ele e mais quinze funcionários da construtora trabalharam na construção do anexo e que o pagamento era feito pelo assessora da presidência Rogério Aurélio Pimentel em dinheiro vivo. Contudo, Fernando Bittar nega ter sido um "laranja" e ser o legítimo dono do imóvel, tendo como comprovar através de documentação.
Os advogados de defesa de Lula e sua família não responderam as acusações.