A personificação da morte em diferentes culturas ao redor do mundo
A morte através das artes e das eras
A personificação da morte em diferentes culturas ao redor do mundo
Desde que os humanos começaram a vagar pela Terra, a morte tem sido parte de nossa sociedade e cultura. É um aspecto inevitável da existência que todos nós devemos enfrentar um dia, mas a forma como a morte é tratada e retratada varia muito entre culturas ao redor do mundo e ao longo da história. Às vezes a morte é celebrada como uma libertação, outras vezes é recebida com desânimo como uma punição terrível. As ideias das pessoas sobre a experiência da morte influenciaram a forma como ela é personificada na religião, no folclore e na arte por milhares de anos. Essas personificações nos dão uma visão única e fascinante de como diferentes culturas interpretaram a morte ao longo do tempo.
Na galeria a seguir, descubra como a morte tem sido personificada ao longo dos tempos.
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Tânato
Tânato é filho de Nix e Érebo, a deusa e o deus da noite e da escuridão, respectivamente. Ele era o deus grego da morte. No entanto, era um deus da morte pacífica e tirava os mortais do reino da vida com a mesma gentileza e tranquilidade que seus pais.
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Yama
A personificação hindu da morte vem na forma do deus Yama, geralmente retratado montando num touro. Yama é o mensageiro da morte e o juiz das ações de uma pessoa durante sua vida acordada.
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Banshee
Banshee, uma personagem comum em histórias de terror ao redor do mundo, é de fato nativa da Irlanda. A palavra "banshee" tem origem no termo irlandês baintsíde, que se traduz aproximadamente como "m u l h e r da colina de fadas". Em antigas lendas irlandesas, ela é o prenúncio da morte.
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O Ceifador
Certamente a representação mais icônica e instantaneamente reconhecível da morte é o Ceifador. A figura sombria, sempre camuflada na escuridão e armada com uma foice e, ocasionalmente, uma lanterna, tem sido uma representação popular da morte na Europa desde a Idade Média.
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La Calavera Catrina
As celebrações do Dia dos Mortos no México são famosas em todo o mundo. Um personagem comum visto nos desfiles e concursos é La Calavera Catrina, que se traduz em "A Caveira Catrina". A história de Catrina pode ser traçada até os astecas, mas a representação colorida e vibrante da morte que conhecemos hoje foi diretamente inspirada em uma pintura de José Guadalupe Posada, um artista mexicano do século XIX.
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Shinigami
Na mitologia popular japonesa, os shinigami são espíritos, não necessariamente maliciosos ou malignos, que levam os humanos à morte e ao submundo quando é hora deles fazerem a passagem.
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Rei Yan Lo
No budismo chinês, o Rei Yan Lo é o governante dos Dez Reis do Innferno. Ele não só governa o o submundo, como também preside os julgamentos de todos os recém-falecidos que passam por seu caminho.
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Santa Muerte
Santa Muerte, ou Nossa Senhora da Santa Morte, é muito semelhante a La Catrina. Retratada no México e em outros países da América Central, Santa Muerte é uma santidade popular que representa não apenas a morte, mas também a cura, e a passagem segura entre este mundo e o próximo.
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Azrael
O arcanjo Azrael é o principal anjo da morte no Islamismo. Ele e os muitos anjos da morte sob seu comando aparecem para os moribundos com a intenção de levar suas almas ao próximo mundo. Dependendo da bondade dos futuros falecidos, eles aparecem como um ser belo ou como um monstro horrível.
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San Pascualito
O santo da morte da Guatemala, San Pascualito também é conhecido como o Rei do Cemitério. Embora hoje ele seja geralmente retratado de forma muito semelhante ao Ceifador na aparência, ele foi originalmente baseado no santo espanhol Pascoal Bailão (foto).
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Mot
Mot, às vezes referido como Mawet, é uma das personificações mais antigas da morte no mundo, originalmente adorado pelos antigos cananeus no Oriente Médio.
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Giltine
No antigo folclore lituano, a morte era representada por Giltine, uma senhora idosa e ameaçadora, que trazia uma morte desagradável. Mas Giltine nem sempre foi assim. Quando jovem, ela era descrita como uma m u l h e r gentil e bonita que levava morte suave às pessoas, até que ficou presa num caixão por sete anos e se tornou exausta.
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Durahan
Durahan, outro portador da morte do folclore irlandês, é tipicamente descrito carregando a própria cabeça debaixo do braço e cavalgando até a casa de alguém que esteja em seu leito de morte. Dizem que, uma vez que Durahan chama o nome da pessoa, ela morre instantaneamente.
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'O Velho Homem e Morte'
A morte, como retratada na pintura de 1774 do iluminista Joseph Wright, assume a forma simples de um esqueleto sem roupas, aterrorizante para o velho - em parte devido ao seu realismo e em parte por causa da relutância do homem em ser levado para fora do mundo dos vivos.
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Hela
Hela é a deusa da morte da mitologia nórdica. Às vezes retratada como velha e abatida, outras vezes jovem e bonita, Hela é filha de Loki e preside a região do submundo também chamada Hela.
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A morte durante a Peste Negra
A morte assumiu muitas novas personificações durante a Peste Negra da Idade Média. Junto com o Ceifador, outras formas esqueléticas e mais maliciosas de morte encarnada começaram a aparecer.
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A morte de Ingmar Bergman
Uma das mais famosas representações modernas da morte vem do inovador filme de 1957 'O Sétimo Selo' do cineasta sueco Ingmar Bergman. No filme, que se passa durante a Peste Negra, a morte é personificada como um homem fantasmagórico vestido de preto, que interpreta um cavaleiro num jogo de xadrez pela sua vida.
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Morana
Morana é a deusa do inverno, morte e renascimento, e tem inúmeros nomes em várias culturas eslavas. Tradições anuais que envolvem queimar uma figura de Morana existem em muitas regiões.
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'O Convidado Não Convidado'
Em sua pintura de 1844 'O Convidado Não Convidado', o pintor realista alemão Adolph Menzel usa a representação comum da morte na Europa como um esqueleto, mas a moderniza. O artista sugere que a morte, com seus trajes modernos e profissionais, é uma convidada respeitosa e simpática, mesmo não tendo sido convidada.
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Pedro, a Morte
Em países como Bélgica e Holanda, a morte tem sido retratada como uma figura esquelética conhecida como Pietje de Dood, ou Pedro, a Morte, por milhares de anos.
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A Danse Macabre
Surgindo por volta da Idade Média, a Danse Macabre, ou "Dança da Morte", tornou-se um tema cada vez mais comum na arte. Como um lembrete da inevitabilidade da morte, as representações geralmente incluíam personificações esqueléticas da morte dançando ao redor do túmulo de uma pessoa, como visto aqui em 'A Dança da Morte', de Michael Wolgemut.
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'Morte do Coveiro'
Na pintura 'Morte do Coveiro', de 1895, do pintor suíço Carlos Schwabe, a morte é personificada como um ser gentil e alado, que chega para levar o coveiro ao descanso.
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Abadom
Abadom é o terrível e violento prenúncio da morte na antiga tradição talmúdica, cujo nome em hebraico se traduz como "Destruidor". Ao contrário de outros portadores mais suaves da morte, Abadom não tira as vidas suavemente.
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O Quarto Cavaleiro do Apocalipse
Originário do Livro do Apocalipse no Novo Testamento da Bíblia, o Quarto Cavaleiro do Apocalipse, ou Cavaleiro Pálido, é geralmente retratado empunhando uma foice em cima de um cavalo enorme, ao lado de seus companheiros cavaleiros apocalípticos Peste, Guerra e Fome.
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Ankou
Ankou é um mensageiro da morte que aparece em várias culturas ao redor das Ilhas Britânicas e da histórica Normandia. Em algumas versões do mito, Ankou é personificado pela primeira pessoa do ano a morrer, que é então encarregada de coletar as almas de todos que morrem depois dela, antes de conseguir fazer a passagem por si mesma.
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'Morte'
Na pintura de 1902 do pintor simbolista polonês Jacek Malczewski, simplesmente intitulada 'Morte', a morte é desenhada sob uma luz suave e misericordiosa, não fazendo uso de sua foice. Em vez disso, ela responde silenciosamente às orações do velho.
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Cù-sìth
No folclore escocês, o Cù-sìth é uma criatura aterrorizante que vaga pelas Terras Altas escocesas, ocasionalmente soltando três latidos altos. De acordo com a lenda, qualquer um que esteja ao alcance do terceiro som é invadido por um sentimento de medo que eventualmente leva essa pessoa à morte.
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'Morte e o Lenhador'
Na pintura 'Morte e o Lenhador', de Léon Lhermitte, de 1893, a morte aparece como uma figura fantasmagórica e espectral visitando temporariamente o mundo dos vivos para escoltar o lenhador cansado para o outro lado.
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Cultura
História
03/11/22
POR Notícias Ao Minuto
Desde que os humanos começaram a vagar pela Terra, a morte tem sido parte de nossa sociedade e cultura. É um aspecto inevitável da existência que todos nós devemos enfrentar um dia, mas a forma como a morte é tratada e retratada varia muito entre culturas ao redor do mundo e ao longo da história. Às vezes a morte é celebrada como uma libertação, outras vezes é recebida com desânimo como uma punição terrível. As ideias das pessoas sobre a experiência da morte influenciaram a forma como ela é personificada na religião, no folclore e na arte por milhares de anos. Essas personificações nos dão uma visão única e fascinante de como diferentes culturas interpretaram a morte ao longo do tempo.
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