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MARIANA ZYLBERKANSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em ato de campanha a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na manhã deste sábado (29), a senadora Simone Tebet (MDB) afirmou que os ataques do petista contra Michel Temer (MDB), líder de seu partido, durante o debate da TV Globo fazem parte de "uma 'DR' que precisa ser resolvida a partir de segunda-feira". 'DR' é uma gíria para "discutir a relação".
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"O que estamos discutindo aqui é o futuro do Brasil e da democracia", disse Tebet durante caminhada na avenida Faria Lima, conhecido reduto de liberais. "[Os ataques foram] coisa do termômetro, do momento", continuou ela, que afirmou ter acompanhado Lula nos estúdios da emissora.
No último debate do segundo turno, Lula chamou Temer de golpista e o acusou de orquestrar o impeachment que tirou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) do poder.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o ataque de Lula fez Temer telefonar para o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), para perguntar se Tebet seguirá apoiando o petista.Vestida de branco, assim como os militantes que a acompanharam na caminhada de cerca de uma hora pela avenida, Tebet cumprimentou apoiadores e distribuiu adesivos da campanha de Lula.
Ao longo do percurso, que terminou em frente ao Parque do Povo, militantes receberam apoio de pedestres e motoristas e também reagiram a manifestações de eleitores de Jair Bolsonaro (PL). No fim, Tebet entrou em um carro e partiu para a avenida Paulista para participar de um ato de campanha com Lula e Fernando Haddad (PT), candidato ao governo do estado.
"Ontem essa camisa [branca] tomou chuva na Candelária [no Rio de Janeiro], e essa [camiseta branca] por baixo passou calor lá em Divinópolis. Não tem mais roupa branca limpa na mala. Eu vejo qual está cheirando menos para colocar", disse Tebet durante discurso no restaurante japonês onde foi servido o café da manhã organizado pela empresária Rosângela Lyra.
Participaram do evento os deputados federais Alexandre Padilha (PT) e Tabata Amaral (PSB) que discursaram e pediram votos para Lula e Haddad. Estavam presentes também integrantes dos grupos Prerrogativas e Direitos Já.
"Quero me dirigir àqueles que estão em dúvida e, muitas vezes, no anonimato que não querem declarar seu voto e acabam atrapalhando por não convencer outros a votar [em Lula]. Este é o momento que o Brasil mais precisa de nós", disse Tebet em discurso antes da caminhada.