© Divulgação / Agência Senado
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (1º) que a pasta estará à disposição para a transição, e que o governo de Jair Bolsonaro (PL) deverá tratar a questão "com a devida responsabilidade".
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"O tempo da política é diferente do tempo da gestão. Nós tivemos eleições no país. Naturalmente que o governo federal deve tratar essas questões com a devida responsabilidade que lhe compete, como tratou todos os temas desde o início da atual gestão", disse.
"Da parte do Ministério da Saúde, estaremos à disposição para prestar todos os esclarecimentos que couberam, e para que as políticas públicas de saúde possam ser continuadas sem qualquer tipo de prejuízo para a população brasileira, o que não temos dúvida nenhuma que acontecerá", completou.
Com o silêncio do presidente Jair Bolsonaro sobre a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o comando da campanha petista tem tentado se preparar para um cenário de pouca colaboração do atual governo. O TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu criar um comitê para supervisionar o processo.
Questionado sobre a carga de ovos destinada à produção da vacina da gripe, retida em meio à paralisação de caminhoneiros na altura da cidade de Jundiaí (SP), o ministro afirmou que é responsável por "vigilância em saúde, e não "vigilância rodoviária".
"O Ministério da Saúde é responsável por vigilância em saúde, não vigilância rodoviária. Se não me engano, o egrégio STF já se manifestou sobre esse assunto e esperamos que aconteça a liberação do fluxo de automóveis nas estradas brasileiras para que consigamos restabelecer todas essas agendas."
O Instituto Butantan -que fornece ao Ministério da Saúde 80 milhões de doses de vacina contra a Influenza por ano- afirmou que a retenção do carregamento pode prejudicar a produção de 1,5 milhão de doses. A carga retida contém 520 mil ovos.
A declaração do ministro ocorreu durante o lançamento do plano de resposta para detecção e combate a eventual surto de poliomielite, em Brasília. O Brasil está livre da pólio há 32 anos, mas, assim como outros países, corre o risco de enfrentar o ressurgimento da doença.
As metas do plano são: garantir a ampla cobertura vacinal; fortalecer os laboratórios e a vigilância epidemiológica das paralisias flácidas agudas; e desenvolver a capacidade de resposta de estados e municípios.