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MÔNICA BERGAMO (FOLHAPRESS) - A atriz Regina Duarte disse ter ficado "emocionada" com os protestos golpistas realizados nesta quarta-feira (2), em diferentes pontos do país. Reunidos em frente a quartéis ou repartições militares, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) questionaram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial do último domingo (30), citaram Deus e família e defenderam a intervenção militar.
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Em seu perfil no Instagram, Regina Duarte publicou um vídeo do protesto que ocorreu no Rio de Janeiro. "Estes encontros como o de hoje, pacíficos, recheados da santa paz de Deus, carregados daquela troca de sorrisos de reconhecimento tribal são sempre uma festa. Fico emocionada", escreveu ela na legenda.
"Obrigada, brasileiros por vocês existirem ainda, aos milhões e milhões firmes , lúcidos e fortes, com um olho aqui e outro lá na frente, naquele lugar onde vamos usufruir uma nação cada vez mais rica em todos os aspectos, com menos culpas e cada vez mais evoluída", completou.
A artista foi uma das principais apoiadoras da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Ela e a atriz Cássia Kis são vozes dissonantes no meio artístico que, em sua maioria, costuma criticar o governo do atual mandatário.
Cássia Kis esteve, inclusive, presente no ato golpista no Rio de Janeiro. Ela foi vista ajoelhada, rezando um rosário.
Na noite de sábado (28), véspera do segundo turno, Regina foi hostilizada durante sua passagem por um teatro na cidade de São Paulo. Sob gritos de "fora, Bolsonaro" e "aqui não é o seu lugar", a ex-secretária da Cultura esbanjou sorrisos, mandou beijos e fez poses em resposta a seus detratores.
O episódio ocorreu no Teatro Liberdade, após uma apresentação do espetáculo "Clube da Esquina: Os Sonhos não Envelhecem" -Regina estava na plateia. No Sories do Instagram, ela publicou uma foto sorrindo e mostrando o celular que tinha um adesivo da campanha de Bolsonaro.
Regina Duarte deixou o governo do atual mandatário após um intenso processo de fritura e sob a promessa de que chefiaria a Cinemateca Brasileira -o que não ocorreu. A atriz havia rompido um contrato de 50 anos com a TV Globo para assumir a Secretaria Especial da Cultura, onde ficou por apenas dois meses.
Embora relegada à "geladeira" pela gestão Bolsonaro, ela jamais deixou de se manifestar nas redes sociais em defesa do atual presidente.
No mês passado, a ex-secretária gravou uma interpretação dramática para comparar críticas feitas ao presidente com assassinatos ou tentativas de homicídio cometidas por terroristas e fundamentalistas contra figuras históricas.