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Entre julho e setembro, o BB registrou um forte crescimento da margem financeira bruta, que mede os ganhos com operações de crédito e com a tesouraria. O aumento foi mais que suficiente para compensar as maiores despesas com provisões contra a inadimplência, que também aumentaram em dois dígitos porcentuais.
"Os resultados que apresentamos se originam do bom desempenho da margem financeira bruta, da diversificação nas receitas com serviços, despesas sob controle e capital forte", disse em nota o presidente do banco público, Fausto Ribeiro.
O BB teve um crescimento de 25% na margem financeira bruta, para R$ 19,558 bilhões. O crescimento veio tanto da receita com operações de crédito, que expandiu 50,6% em base anual, para R$ 28,875 bilhões, quanto dos resultados da tesouraria, que tiveram um salto de 95,1%, para R$ 10,155 bilhões. Destes dois resultados, são subtraídas as despesas de captação para se chegar à margem.
Ao mesmo tempo, as receitas com prestação de serviços subiram 14,6%, também em comparativo anual, para R$ 8,524 bilhões.
Já as provisões do BB contra a inadimplência tiveram alta de 15,1% em relação ao mesmo trimestre de 2021, e de 53,8% em três meses, para R$ 4,517 bilhões. O aumento é menor que o observado em bancos privados de porte semelhante, diante do perfil mais conservador da carteira do banco, mais exposta ao agronegócio e também a grandes empresas.
Ao final do trimestre, a inadimplência da carteira do BB era de 2,34%, alta de 0,52 ponto porcentual em um ano, e de 0,34 ponto em três meses. O banco traça um comparativo com o Sistema Financeiro Nacional: em setembro, a média de mercado da inadimplência estava em 2,80%, considerando os atrasos superiores a 90 dias.
Rentabilidade acima dos pares
Ao final do terceiro trimestre, o BB tinha R$ 2,146 trilhões em ativos, um aumento de 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em um trimestre, o crescimento foi de 2,6%.
O patrimônio líquido do banco ficou em R$ 157,890 bilhões, alta de 7% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 21,5%, alta de 7,2 p.p. em base anual, e de 1 p.p. em três meses.
O índice também é superior ao que os bancos privados têm apresentado no trimestre. "Quando assumi a presidência do Banco do Brasil, nossa rentabilidade trimestral era inferior a 15% e muito nos orgulha entregar um retorno sobre patrimônio líquido de 21,8%, o que consolida um novo patamar de rentabilidade, dentre os melhores retornos alcançados em comparação aos pares privados", disse Ribeiro.
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