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Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 21, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e consideram apenas as operações realizadas com recursos da caderneta de poupança. Não entram aí, por exemplo, os financiamentos no âmbito do Casa Verde e Amarela (CVA), que utilizam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
No acumulado de janeiro a outubro de 2022, os financiamentos totalizaram R$ 151,2 bilhões, um encolhimento de 12% perante os mesmos meses de 2021.
Em termos de quantidade de casas e apartamentos financiados, foram 59,3 mil unidades, montante 16,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado e 4,1% abaixo de setembro deste mesmo ano.
Entre janeiro e outubro de 2022, foram financiados 618,9 mil imóveis, resultado 15,7% inferior ao de igual período de 2021.
A Abecip também divulgou dados do Banco Central mostrando que a poupança - fonte do crédito imobiliário - teve uma captação líquida negativa de R$ 9,4 bilhões. No acumulado do ano, houve uma saída de R$ 82,3 bilhões em recursos da poupança.
A associação apontou que a perda de recursos da caderneta pode ser explicada por dois fatores: a redução da renda familiar combinada com a alta da inflação, que comprometem a capacidade de parte da população em manter suas reservas; e a Selic em patamar elevado reduziu a competitividade dos rendimentos da poupança frente aos demais produtos de investimento.
Resultado por banco
A Caixa Econômica Federal liderou a concessão de financiamentos no mês de outubro: foram R$ 7,9 bilhões. Na sequência vieram Itaú Unibanco (R$ 3,1 bilhões), Bradesco (R$ 2 bilhões), Santander (R$ 760 milhões), e Banco do Brasil (R$ 558 milhões).
No acumulado de janeiro a outubro, as posições são as mesmas. A Caixa foi quem mais concedeu crédito imobiliário, totalizando R$ 81,5 bilhões. Na sequência vieram Itaú Unibanco (R$ 33,2 bilhões), Bradesco (R$ 18 bilhões), Santander (R$ 7,8 bilhões), e Banco do Brasil (R$ 5 bilhões).
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