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SÃO PAULO, SP (UOL - FOLHAPRESS) - O Secretário-geral do Comitê Supremo de Entregas e Legado da Copa do Mundo, Hassan Al Thawadi, disse, nesta terça-feira (29), em entrevista ao programa Piers Morgan's 'Uncensored', da TV inglesa, que estima que entre 400 e 500 trabalhadores imigrantes morreram durante as construções para o Mundial. Os números são superiores aos divulgados anteriormente por órgãos oficiais do Qatar.
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Hassan Al Thawadi deu essa declaração ao ser questionado sobre quantos trabalhadores imigrantes morreram no país em todas as obras ligadas à Copa do Mundo, incluindo estádios e infraestrutura. "Nós estimamos em torno de 400. Entre 400 e 500. O número exato está sendo discutido", disse.
O Secretário-geral também falou na entrevista sobre o número de óbitos ligados apenas à construção de arenas para o torneio. "Especificamente sobre os estádios e os projetos que somos responsáveis, são três mortes relacionadas a trabalho e 37 não relacionadas a trabalho".
Após a entrevista citando números jamais descritos por qualquer órgão oficial ligado ao Mundial, o Comitê Supremo de Entregas e Legado da Copa do Mundo emitiu nota. Segundo o texto, o número de 400 a 500 mortes citado Hassan Al Thawadi se refere à totalidade de óbitos de trabalhadores no Qatar, relacionados ou não ao torneio.
Confira abaixo a nota oficial:
"O Secretário-geral, Hassan Al Thawadi, contou ao programa Piers Morgan's 'Uncensored' que aconteceram três mortes relacionadas a trabalho e 37 não relacionadas a trabalho nos projetos do Comitê Supremo de Entregas e Legado. Isso está documentado em base anual no relatório do SC e cobre os oito estádios, 17 instalações não competitivas e outros locais relacionados sob a escopa do SC.
Citações separadas sobre números se referem a estatísticas cobrindo o período entre 2014 e 2020 para todas as mortes relacionadas ao trabalho (414) no Qatar, cobrindo todos os setores e nacionalidades".