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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Um homem de 30 anos passou dois dias em coma após ser obrigado a ingerir uma substância entorpecente para não acionar a polícia durante um roubo.
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Após o crime, ele perdeu os sentidos, desmaiou e bateu a cabeça numa escada, sofrendo traumatismo craniano. O caso ocorreu no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, em setembro deste ano.
Os cinco suspeitos, identificados como Pedro Paulo Neto da Silva, Marlon Bouchud Falco, Maurício Vinícius Antunes da Conceição, Gabriel de Souza Assis e Fábio de Brito da Silva tiveram a prisão preventiva decretada. Nesta quarta (30), a Polícia Civil prendeu três deles, e Assis e Brito da Silva continuam foragidos. Nenhum deles apresentou defesa.
Segundo depoimento da vítima, um encontro foi marcado por aplicativo, na tarde do dia 30 de setembro, com Pedro da Silva, em um apartamento de Copacabana, zona sul. Durante o encontro, quatro homens saíram de outro quarto do mesmo imóvel e passaram a fazer ameaças.
Nesse momento, de acordo com o relato, ele foi agredido com tapas e socos no rosto e foi obrigado a transferir R$ 500 para a conta do jovem com quem havia marcado o encontro. Depois, foi ameaçado com uma pistola e obrigado a levar o grupo até a sua residência, no Leblon.
Ao entrar em seu apartamento, segundo depoimento, ele foi obrigado a ingerir uma substância que o fez desmaiar. Nesse momento, os suspeitos roubaram um aparelho de assistência virtual, celulares, joias e um computador.
Quando retomou a consciência, os suspeitos ainda estavam em seu apartamento. Para não chamar a polícia, ele foi obrigado a descer com o grupo até portaria. Ao retornar sozinho, cambaleando pelas escadas, teve uma convulsão e bateu com a cabeça em um dos degraus.
Socorrida pelos bombeiros, a vítima ficou internada dois dias com traumatismo craniano e com uso de tubos para respiração artificial.
Após ter alta do hospital, o homem procurou a delegacia e identificou, via redes sociais, os suspeitos.
De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha seria especializada em dar o golpe "boa noite, Cinderela", que consiste em dopar a vítima para roubar. Outras vítimas estão sendo procuradas.