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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A recuperação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 15 dias após uma cirurgia na garganta, está dentro da normalidade, aponta exame feito neste domingo (4) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
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A laringoscopia de Lula já estava agendada. Ele parte ainda neste domingo para Brasília (DF).
Ele foi acompanhado pelas equipes médicas coordenadas por Roberto Kalil Filho, Rubens Brito e Rui Imamura.
Há duas semanas, Lula fez uma cirurgia para retirar uma lesão na garganta, no mesmo hospital. O procedimento foi bem-sucedido e extirpou uma "leucoplasia da prega vocal esquerda", que os médicos chamam de "falsa corda vocal".
Até este domingo, ele precisou evitar o uso excessivo da voz, embora tenha discursado. Foi autorizado a retomar as reuniões e atividades três dias depois da cirurgia.
A retirada da leucoplasia afasta o risco de transformação da lesão em um câncer, o que pode acontecer em 10% dos casos, principalmente em pacientes com mais de 65 anos.
A cirurgia de 20 de novembro foi recomendada após surgimento de manchas brancas, provocadas na maioria das vezes por tabagismo, álcool e refluxo, sendo potencializado por uso excessivo da voz.
O tabagismo é apontado como principal causa do problema. Lula sofre de refluxo e é ex-fumante, tendo um trauma crônico.
A lesão teria aumentado a rouquidão de sua voz, principalmente durante a campanha eleitoral, que exigiu uso excessivo de voz com uma série de debates e discursos. A expectativa é que a voz melhore com a cicatrização da região operada.
Durante a campanha, a voz de Lula se tornou uma preocupação entre aliados, que temeram a imagem que o presidente poderia passar. Muitas vezes, o petista precisou fazer esforço para falar, apesar do bom estado de saúde.
A oposição também usou sua rouquidão para atacá-lo e para criar teorias conspiratórias.
Lula recebeu em novembro de 2011 o diagnóstico de câncer na laringe, doença que o submeteu a sessões de radioterapia e quimioterapia. Foi considerado livre da doença em junho de 2012.