© Lula agradece a Haddad por ter sido candidato à Presidência em 2018
"Preciso que algumas pessoas comecem a trabalhar para montar o governo e para que nossa estrutura comece a funcionar", disse Lula, em pronunciamento à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição em Brasília.
O presidente eleito afirmou ainda que "possivelmente" semana que vem, depois da diplomação, irá apresentar mais ministros. "Vai chegar uma hora que vão ver mais mulheres do que homens e participação de afrodescedentes", disse.
Lula classificou a transição como a "mais democrática" já feita. "Me impressionou a quantidade de voluntários na transição, não utilizamos o dinheiro disponibilizado", afirmou.
Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em 8 de setembro, Haddad sempre esteve na lista de favoritos de Lula. Tudo dependia da disputa pelo governo de São Paulo.
Apesar de derrotado, Haddad obteve a maior votação do partido em solo paulista desde a redemocratização, o que embalou a eleição do presidente eleito e praticamente carimbou o passaporte do aliado para a Esplanada dos Ministérios.
O nome do ex-prefeito ganhou ainda mais força após ele acompanhar Lula em viagem à Conferência do Clima (COP-27) no Egito e a Portugal.
Para reduzir resistências do mercado ao seu nome, Haddad voltou a circular entre agentes do setor, de olho no comando da Fazenda, como registrou o Broadcast há um mês.
Economistas do mercado preferiam alguém mais liberal a Haddad na Fazenda. Mais recentemente, ele foi substituir Lula em um evento da Febraban e, a mando do presidente eleito, passou a acompanhar a equipe econômica da transição.
Na quarta-feira, esteve reunido com representantes do Banco Mundial (Bird) e, na quinta-feira, se encontrou com Paulo Guedes no Ministério da Economia.
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