Covid e Mpox podem deixar de ser emergências de saúde em 2023

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o número de mortes semanais por Covid-19 era cerca de um quinto da cifra de um ano antes

© Andre Borges/NurPhoto via Getty Images

Mundo Saúde 15/12/22 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A OMS (Organização Mundial da Saúde) indicou nesta quarta-feira (14) que espera que a Covid-19 e a Mpox deixem de ser emergências de saúde pública em 2023, já que ambas as doenças deixaram para trás suas fases mais perigosas.

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O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o número de mortes semanais por Covid-19 era cerca de um quinto da cifra de um ano antes.

"Na semana passada, menos de 10 mil pessoas morreram (por Covid). Ainda são 10 mil mortes a mais e os países ainda podem fazer muito para salvar vidas", declarou Tedros em entrevista coletiva."Mas percorremos um longo caminho. Temos esperança de que em algum momento no próximo ano possamos dizer que a Covid-19 não é mais uma emergência de saúde global", afirmou.

Tedros disse, ainda, que o comitê de emergência da OMS, que o assessora em suas declarações de emergências de saúde pública de interesse internacional (PHEIC, na sigla em inglês), começará a discutir em janeiro como será o fim da fase de emergência.

O órgão da OMS se reúne a cada poucos meses para decidir se o novo coronavírus, que surgiu há três anos em Wuhan, na China, e matou mais de 6,6 milhões de pessoas, ainda representa uma "emergência de saúde pública de interesse internacional".

A designação visa desencadear uma resposta internacional coordenada e pode desbloquear financiamento para colaborar no compartilhamento de vacinas e tratamentos.

"Este vírus não vai desaparecer. Veio para ficar e todos os países terão de aprender a lidar com ele, assim como com outras doenças respiratórias", lembrou, insistindo em que ainda há muita incerteza e que em países de baixa renda apenas 1 em cada 5 pessoas foi vacinada.

Questionada sobre as condições necessárias para o fim da designação, a epidemiologista sênior da OMS Maria Van Kerkhove disse que "há mais trabalho a ser feito".

"Se há grandes segmentos da população que não foram vacinados, o mundo ainda tem muito trabalho a fazer", afirmou o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, sobre o mesmo assunto.

Quanto à Mpox (novo nome da varíola dos macacos), mais de 82 mil casos foram relatados em 110 países desde que a emergência foi declarada, em julho, embora a mortalidade permaneça muito baixa, com apenas 65 óbitos.

"Felizmente, o número de casos caiu mais de 90%", disse o diretor da OMS. "Se esta tendência continuar, esperamos que no próximo ano também possamos declarar o fim desta emergência", acrescentou.

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