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Uma líder religiosa indígena foi assassinada em Mato Grosso do Sul.
Estela Verá, de 67 anos, importante rezadora do povo Guarani e Kaiowá, foi assassinada dentro de casa, na frente do próprio filho, por dois homens encapuzados que fugiram do local.
O assassinato aconteceu no dia 15 de dezembro, na Terra Indígena Ivy Katu, no município de Japorã, no Mato Grosso do Sul.
A região, na divisa com o Paraguai, é uma área de conflitos violentos entre povos indígenas e fazendeiros.
Em julho desse ano, a Defensoria Pública da União chegou a pedir proteção para outra líder indígena, Leila de Ivy Katu, de 61 anos, que vem sendo alvo de ameaças, por se opor aos arrendamentos ilegais que têm se intensificado na região.
O Tribunal Penal Internacional também está sendo acionado, como explicou a porta-voz da Assembleia dos Povos Guarani e Kaiowa, Valdelice Veron, que vive em outra terra indígena do estado também palco de violência, no município de Ponta Porã.
Atualmente, há cerca de 120 mil indígenas Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul. Alguns morando em reservas indígenas, mas muitos em uma das 69 áreas indígenas Retomadas, que ficam nas divisas de fazendas. Nesses lugares os conflitos são mais violentos.
Nós tentamos contato com a prefeitura de Japorã, mas não tivemos retorno.
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