PF cumpre 32 mandados de prisão e de busca em operação sobre atos de vandalismo

Os policiais também fazem buscas em endereços ligados aos investigados

© Shutterstock - imagem ilustrativa

Justiça atos antidemocráticos 29/12/22 POR Estadao Conteudo

A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal começaram a prender suspeitos de envolvimento em atos de vandalismo em Brasília no dia 12 de dezembro. As ordens de prisão foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os policiais também fazem buscas em endereços ligados aos investigados.

Ao todo, são cumpridos 32 mandados de prisão e de busca e apreensão. A Operação Nero acontece simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

A investigação foi aberta depois que extremistas tentaram invadir a sede da Polícia Federal no DF diante da prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante.

Manifestantes também depredaram a 5.ª Delegacia de Polícia da capital federal e colocaram fogo em carros e ônibus. O objetivo da PF é identificar todos os manifestantes e eventuais financiadores.

"O conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo", informou a PF.

Até o momento, a investigação encontrou indícios de crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 34 anos de prisão.

Vandalismo

A noite do dia 12 de dezembro foi marcada por um conjunto de atos de vandalismo em Brasília. Manifestantes inconformados com a vitória e a posse iminente do presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incendiaram ônibus e carros, depredaram prédios públicos e privados, tentaram invadir sede da Polícia Federal e cercar o hotel em que o petista estava hospedado, após sua diplomação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O estopim para os atos de violência foi a prisão temporária, por dez dias, do líder indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). A ordem foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), por suspeita de insuflar manifestações antidemocráticas em vários pontos de Brasília.

Na época, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou que uma parcela dos autores dos atos também fazia parte de um acampamento que se alojou em frente ao Quartel General do Exército.

Desde a divulgação, no início de novembro, do resultado do segundo turno, eleitores do presidente Bolsonaro montaram uma espécie de vigília aos arredores dos prédios das forças militares de diversos Estados.

Com a bandeira do Brasil nas costas, esses apoiadores têm pedido por intervenção militar para reverter o cenário das votações para a Presidência da República, o que é inconstitucional.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 18 Horas

Modelo mata o marido após confessar traição

fama Alexandre Iodice Há 17 Horas

Marido reage após declaração de Adriane Galisteu sobre Ayrton Senna

fama ANDRESSA-URACH Há 17 Horas

Urach se manifesta ao ser investigada por apologia à zoofilia

esporte Argentina Há 17 Horas

Ex-jogador argentino é suspeito de jogar a esposa do sétimo andar

economia LEILÃO-CAIXA Há 16 Horas

Caixa faz leilão de mais de 1.500 imóveis em dezembro; saiba como participar

mundo Peru Há 9 Horas

Cirurgia plástica no nariz pode levar a destituição da presidente do Peru

politica Bolsonaro Há 18 Horas

Moraes libera Bolsonaro para ir ao funeral da mãe de Valdemar, mas ex-presidente desiste

fama BETO-BARBOSA Há 15 Horas

Beto Barbosa rebate ataque do filho e defende esposa

justica Cidades mais perigosas Há 12 Horas

O mapa da violência no Brasil: Estas são as cidades mais perigosas hoje

tech Meta Há 15 Horas

Meta admite que penaliza pessoas “injustamente” nas suas redes sociais