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SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) - O governo do Japão aprovou, na última sexta (16), uma revisão radical em sua política de defesa e se tornou o terceiro país no ranking de gastos militares, atrás apenas da China e Estados Unidos, ao duplicar o investimento em seu exército. O valor deve chegar a US$ 320 bilhões nos próximos cinco anos.
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O objetivo do país é adaptar-se a três situações:
- Lançamentos de mísseis por parte da Coreia do Norte, cada vez mais constantes- Invasão da Ucrânia pela Rússia, que o Japão mantém territórios em disputa- Ascensão militar da China, já definida como "um desafio estratégico sem precedentes"No domingo (18), a Coreia do Norte lançou um par de mísseis balísticos com potencial para atingir o Japão, na tentativa de construir um armamento intercontinental ainda mais poderoso e que seja capaz de atingir os Estados Unidos. Eles viajaram 500 quilômetros antes de pousar nas águas entre a península coreana e o Japão.
Militares da Coreia do Sul descreveram os mísseis como de médio alcance que foram lançados em um ângulo agudo, sugerindo que poderiam viajar mais longe se disparados em uma trajetória padrão.
Em outubro, o país já tinha disparado mísseis de alcance intermediário sobre o Japão, o que forçou Tóquio a emitir alertas e ordenar a paralisação de trens.
Com o investimento, o Japão pretende:
- Dobrar o orçamento anual em defesa de 1% para 2% do PIB- Unificar o comando militar- Aumentar o alcance de seus mísseis- Fazer o maior investimento em armamentos desde a Segunda Guerra