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"Cadê o Kaká, que falou que o brasileiro não reconhece seus ídolos? Pois bem, Kaká, depois do que vimos no velório do Pelé, ficou claro que quem não reconhece os grande ídolos é você. Ou talvez você tivesse ido por um cachê interessante. Daniel Alves, que se acha o maior jogador por ter o recorde de títulos, nem uma postagem fez", disse em coluna no site UOL.
As críticas de Casagrande também caíram sobre os ombros do técnico Tite e de atletas da seleção brasileira que disputaram a Copa do Mundo do Catar. "Será que o Tite ou o Juninho Paulista não poderiam aparecer para representar a última seleção a jogar uma Copa? Os jogadores brasileiros devem tudo à existência do Pelé, porque foi ele quem colocou o jogador brasileiro no mapa do futebol mundial. Somos respeitados porque nascemos na terra do Rei. Pelé foi um cidadão do mundo, e seu passaporte é universal", disse.
Os campeões mundiais, em 2022, também receberam críticas do ex-atacante e comentarista. "Em 2002, ele (Pelé) também fez críticas ao futebol da seleção em algum momento da Copa. Ele não era mais comentarista, mas estava lá e, nas entrevistas, dava a sua opinião, com todo o direito. Mas aqueles jogadores também se magoaram. Tanto que, na hora da entrega da taça, o capitão Cafu se recusou a pegá-la das mãos do Pelé e mostrou, batendo a mão na plataforma em que subiu para levantar a taça, onde ele queria que o Atleta do século deveria colocá-la. Perdeu uma oportunidade única de receber a taça diretamente das mãos do maior jogador da história e único tricampeão mundial", disse Casagrande.
"Cafu justificou que não conseguiu antecipar o voo e ir ao velório, mas só o fez depois de receber muitas críticas. Por que não falou antes? O tempo passou, mas a mágoa desses mimados, não. Nunca dedicaram nada ao Rei. Nenhuma fala, nenhuma homenagem, simplesmente ignoraram a existência do Rei Pelé".
CRÍTICAS
O velório de Pelé durou 24 horas. Neste período, apenas dois jogadores campeões mundiais com a seleção brasileira estiveram no local para prestar suas últimas homenagens ao Rei: o companheiro do tricampeonato Clodoaldo (1970) e o volante Mauro Silva (1994), vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF).
A baixa participação de ex-jogadores com vínculo à seleção brasileira não foi bem vista por torcedores. A percepção, muitas vezes repetida, de que a figura de Pelé como ídolo não encontraria tanto eco entre os brasileiros não foi observada no velório. Ao contrário. Cerca de 230 mil pessoas passaram pelo gramado da Vila para se despedir do Rei.
Ronaldo Fenômeno, pentacampeão em 2002, e Romário, tetra em 1994, enviaram coroas de flores ao velório. Entre os jogadores da seleção que estiveram na Copa do Mundo do Catar nenhum compareceu. Neymar foi representado por seu pai. O técnico Tite, que já se despediu do cargo na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tampouco apareceu.
JUSTIFICATIVAS
O ex-goleiro Marcos, ídolo do Palmeiras e campeão mundial em 2002, tomou uma posição polêmica ao argumentar por sua decisão de não ir ao velório de Pelé. Disse que nos velórios de seus pais também não teve a companhia dos que o criticam nas redes sociais.
No fim desta terça-feira, Cafu e Rivaldo também justificaram a ausência no velório de Pelé por motivos diferentes e deram o seu posicionamento de maneira pública através das redes sociais.
Chamou a atenção também que poucos jogadores do elenco profissional do Santos participaram da cerimônia. Apenas Marcos Leonardo, Soteldo, Zanocelo, Ângelo, Pirani, João Paulo, Maicon e Alex apareceram. O técnico Odair Hellmann e o diretor Paulo Roberto Falcão também foram à Vila. Outros ex-jogadores que lá estiveram foram Careca, Neto, Zé Roberto, Elano, Léo, Serginho Chulapa, Narciso, Ricardo Oliveira, Jamelli, Marcelinho Carioca, Aranha, entre outros vinculados especialmente ao Santos e Pelé.
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