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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma coleção de mármores da Grécia antiga que adornava o Parthenon e que está em exposição no Museu Britânico, em Londres, há décadas deve retornar em breve ao seu país natal, de acordo com o jornal The Telegraph.
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Conhecido como Mármores de Elgin, o conjunto foi feito sob a supervisão do escultor Fídias no século 5 antes de Cristo. Em 1806, durante a ocupação do território grego pelos otomanos, o lorde que dá nome às peças conseguiu autorização para levá-las à Inglaterra.George Osborne, presidente da instituição, estaria prestes a fechar um acordo com o governo grego para que as peças fossem repatriadas, num processo descrito como um "intercâmbio cultural" de longo prazo. Isso porque, de acordo com a lei britânica, museus não podem se desfazer de obras de seus acervos.Na prática, o acordo seria um empréstimo, que permitiria que os Mármores de Elgin retornassem à Acrópole de Atenas em breve, de acordo com o jornal. Em contrapartida, os gregos cederiam outras peças de valor histórico semelhante para serem expostas no Museu Britânico.Autoridades gregas devem continuar brigando para ter posse legal e definitiva sobre o conjunto, no entanto. A disputa começou em 1832, opondo, de um lado, o país natal das obras, que defende que elas foram saqueadas, e o governo britânico, que afirma que elas foram compradas legalmente pelo museu.Recentemente, várias instituições ao redor do mundo estão devolvendo peças históricas que haviam sido roubadas de outras nações no passado. O Vaticano, a mando do papa Francisco, chegou a enviar de volta à Grécia outras peças que compunham o acervo do Parthenon.