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De acordo com a pasta, foi assinado um aditivo na sexta-feira, 6, para a compra de 750 mil doses. Outro contrato deverá ser assinado "nos próximos dias" para garantir o volume total de 2,6 milhões de doses.
Segundo nota divulgada pelo ministério, "as primeiras doses devem ser entregues na próxima semana e distribuídas a todos os estados e Distrito Federal para dar continuidade à vacinação de crianças de 3 a 11 anos".
Desde 2020, o governo de Jair Bolsonaro (PL) demonstrou resistência na compra de vacinas do Instituto Butantan, espalhando desinformação sobre o produto por tratar-se de vacina desenvolvida na China.
Também pesava na postura do ex-presidente o fato de o padrinho da Coronavac ser o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro e que divergia do então presidente nas medidas de combate à pandemia - Bolsonaro desrespeitou medidas como o uso de máscara e o distanciamento social e desacreditou as vacinas, comprovadamente eficazes e seguras.
Na sexta-feira, a nova secretária de Vigilância em Saúde do ministério, Ethel Maciel, afirmou não haver doses da vacina contra a covid para atender a faixa etária de 6 meses a 11 anos. De acordo com a secretária, o governo de Jair Bolsonaro (PL) deixou o grupo desabastecido.
Na nota divulgada neste sábado, o ministério reafirmou que "segue em tratativas com os laboratórios para garantir mais imunizantes para o público infantil o mais breve possível". Na entrevista de sexta-feira, a secretária Ethel Maciel afirmou que faria reuniões com a Pfizer para tentar antecipar a entrega de doses das vacinas infantis.
De acordo com a secretária, o ministério tem 3,5 milhões de doses para receber da empresa americana para o público de 6 meses a 4 anos e outras 4,5 milhões de doses para o grupo de 5 a 11 anos. A ideia do ministério é negociar para que o volume seja entregue ainda em janeiro.
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