© <p>Tv Globo / João Cotta</p>
(FOLHAPRESS) - Com uma personagem que cresce no núcleo central de "Travessia", Renata Tobelem, 44, não esconde que corre para ler os capítulos, assim que eles chegam às suas mãos. Ela anda ansiosa para saber logo o que vai acontecer com Dina na reta final da novela. Por enquanto, não descobriu nada, mas tem gostado da fase menos subserviente da empregada da família de Guerra (Humberto Martins).
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"A trama da Dina ainda é um mistério para mim", admite. Trabalhar em uma novela de Glória Perez era um desejo antigo da atriz, que tem 28 anos de carreira e passagens em outras produções da Globo, como "Espelho da Vida", "Amor à Vida", "A Vida da Gente" e o humorístico "Zorra". Quis o destino que a parceria acontecesse justamente em uma trama tão criticada da autora. Renata rejeita e contesta os julgamentos.
"Estão pegando pesado demais. Infelizmente, a internet virou um lugar muito tóxico e é mais divertido falar mal do que falar bem. Começou ali, a mídia também endossou... Uma pena", lamenta.
Renata cita os temas importantes que a autora tem abordado na trama como alienação parental, dependência digital e assexualidade, por exemplo, para reclamar na insistência de comparações com o sucesso da antecessora "Pantanal". "Se fosse assim, a gente só teria um tipo de novela.", desabafa a atriz, que também é professora de uma das escolas de teatro mais respeitadas e admiradas do Brasil: o Tablado. A instituição, no Rio, foi fundada em 1951 pela escritora e dramaturga Maria Clara Machado. .
"'Travessia', na verdade, começou no susto, até porque não era essa a novela ['Todas as Flores, de João Emanuel Carneiro que estava prevista para substituir a novela de Bruno Luperi], mas ela foi se ajustando", continua Tobelem.
Clima ruim nos bastidores? Ela nega. "Todo o elenco se gosta muito e o fato de a repercussão não ser tão boa acabou unindo mais os atores na vontade de fazer o melhor e defender o trabalho", destaca.
Renata também falou de Cássia Kis, outra que faz parte de seu núcleo. "A minha relação com ela sempre foi boa. A Cássia tem uma pegada religiosa, mas ela entendeu que não se pode misturar e tem que respeitar a sua grandiosidade como atriz. Contracenar com ela é uma honra e eu estou ali para absorver o que ela tem para me oferecer como profissional".